O Festival de Cannes e suas mostras paralelas assinaram nesta segunda-feira (14) uma declaração em favor da paridade de gênero, com o objetivo de que também seja assinada por outros festivais.
O festival se comprometeu, entre outras coisas, que a lista de membros dos comitês de seleção e programadores seja "transparente", e defendeu a criação de um cronograma para "transformar as principais instâncias de festivais para alcançar a paridade perfeita".
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Seus signatários - todos homens - foram o delegado geral do Festival Thierry Fremaux, o delegado da Semana da Crítica, Charles Tesson, e o futuro responsável pela Quinzena de Realizadores, Paolo Moretti.
A declaração não impõe cotas aos júris ou entre os filmes selecionados.
"Depois do escândalo Weinstein, estamos confiantes de que Cannes reforçará a ideia de que o mundo não é mais o mesmo e que deve mudar", disse Frémaux.
Este ano, o Festival, o primeiro depois do escândalo Weinstein, tem um forte sotaque feminista.
No sábado (12), quase cem mulheres que trabalham na indústria cinematográfica, lideradas por estrelas como Blanchett, Marion Cotillard e Salma Hayek, exigiram no tapete vermelho "igualdade salarial" em um protesto histórico.