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Atentado terrorista fracassado é tema do filme '15h17: Trem para Paris', de Clint Eastwood


Com sua reconstituição de um atentado terrorista fracassado em 2015, Clint Eastwood saúda a coragem dos heróis comuns e o patriotismo americano no filme 15h17Trem para Paris, que estreia nesta quinta-feira (29) nos cinemas de Belo Horizonte.

O longa conta como, em 21 de agosto de 2015, três amigos de infância americanos intervieram com as mãos vazias para controlar o jihadista armado com um fuzil AK-47 e carregadores cheios no trem Thalys, que liga Amsterdã a Paris. A ação do trio evitou o massacre.

O novo filme se insere na produção recente de Eastwood, que retoma histórias reais de personagens com experiências extraordinárias. Foi o caso de Sniper americano (2014), longa bastante polêmico sobre um atirador de elite no Iraque, e Sully: o herói do Rio Hudson (2016), sobre a aterrissagem forçada de um voo comercial no rio que corta Nova York, estrelado por Tom Hanks.

Desta vez, Eastwood põe na tela – em vez de atores – os três verdadeiros heróis do Thalys: Spencer Stone, Alek Skarlatos e Anthony Sadler. “Foi muito interessante voltar ao trem. Psicologicamente, não foi traumático, porque ninguém perdeu a vida naquele dia e muita coisa positiva surgiu de tudo isso”, declarou Anthony Sadler ao semanário francês Paris Match.

Além deles, o Eastwood destaca socorristas e bombeiros que responderam ao alerta quando o trem Amsterdã-Paris foi desviado para a estação de Arras, no Norte da França. Filmada sem brilho, a cena do Thalys ocorre apenas no final do longa, que dura um pouco mais de 90 minutos.

ARMAS O diretor passa a primeira parte do filme explorando o percurso dos três amigos inseparáveis, criados nos arredores de Sacramento, na Califórnia. As atenções se concentram especialmente em Spencer. Menino criado pela mãe e fascinado por armas, colou na parede de seu quarto o cartaz de Cartas de Iwo Jima, longa de Eastwood, e sonha em salvar vidas, mesmo que não respeite as regras do jogo.

Cabeça raspada, Spencer foi o primeiro a atacar o jihadista, arriscando a própria vida.
Ao longo do filme, Eastwood semeia pistas para anunciar o destino desse personagem.

Trem para Paris se concentra no passeio pela Europa dos três companheiros, resumido por cenas de bebedeiras, pole dance numa boate e selfies em frente a lugares turísticos. É no Palácio do Eliseu que a história edificante termina: os três heróis receberam a Legião de Honra, a maior distinção na França. A cena mistura imagens de arquivo e a reconstituição desajeitada da cerimônia, com um falso presidente francês – de costas. 

 

Abaixo, confira o trailer de 15h17 - Trem para Paris

 

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