Pela primeira vez em muitos anos, a Petrobras deixou de patrocinar o Festival Internacional de Documentários É Tudo Verdade. As farpas não foram disparadas por Amir Labaki, criador e diretor-geral do evento, mas por Eduardo Saron, representante do Itaú Cultural. De acordo com ele, a estatal esperou até o finalzinho para cair fora, “mas o Amir está em boa companhia, com o Itaú e o Sesc”.
Até agora, a 23ª edição do evento conseguiu captar dois terços do orçamento de R$ 6 milhões. “O festival será um pouco mais enxuto, mas não menos vigoroso”, anunciou Labaki. Em cartaz de 12 a 22 de abril, a programação será aberta por dois filmes de personagens. Adoniran – Meu nome é João Rubinato, dirigido por Pedro Serrano, vai inaugurar a etapa paulista, e Carvana, de Lulu Corrêa, a carioca.
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Ele destacou que a safra de documentários brasileiros está excepcional. “As competições (brasileiras) de longas e curtas estão entre as mais fortes da década. Além disso, cineastas do país terão participação recorde nas disputas de longas internacionais, com três representantes”, informou.
MULHERES Reafirmando o compromisso com a representatividade feminina, o festival homenageará a documentarista Pamela Yates, reconhecida por seu comprometimento com a luta por direitos humanos na Guatemala.
Durante a entrevista coletiva realizada na terça-feira (20), em São Paulo, repercutiu muito o anúncio da participação de Maria Augusta Ramos na competição brasileira com O processo, seu documentário sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Amir não teme radicalização. “As pré-estreias de filmes brasileiros são sempre as que mais atraem o público”, informou.