Na franquia de cinema que adapta os bem vendidos livros de E L James, todos batizados pelas matizes dos 50 tons, não há quem desacredite de um final feliz para os romances e as taras do casal Anastacia Steele e Christian Grey. Três anos depois do ponto de partida para os filmes que, mundo afora, já renderam mais de US$ 950 milhões, está na hora do desfecho para o longa com roteiro de Nial Leonard, ninguém menos do que o marido da autora E L James.
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"Embora melancólico, é muito bom ver a trilogia concluída", observa um dos produtores da fita, Mike De Luka, em declaração para a imprensa estrangeira. Até hoje, ressoa um marco, quando se percebe o grau de interesse em torno do lançamento do trailer do filme anterior da série, que, em setembro de 2016, gerou 114 milhões de acessos em menos de um dia. Conduzido pelo mesmo diretor de House of cards, James Foley, o desfecho tem ação passada há poucos meses de distância em relação a Cinquenta tons mais escuros.
Na literatura, o pedido de casamento em suspenso feito para Anastacia prenunciava um possível final da epopeia nas páginas criadas por E L James. Mas a escritora confirma que, de férias, ao ouvir You will never find another love like mine (com Michael Bublé) se rendeu à exigência dos leitores, antevendo o livro que contém a gravidez de Ana. Como descrita no material de divulgação do filme por Marcia Gay Harden (a doutora Grace da trama, que é mãe adotiva de Grey), Ana, neste novo filme, "é transformada em heroína sexual e também é a heroína da ação".
Recém-casados, e inseridos numa realidade de luxos e de eventual estabilidade, Ana e Christian passarão pelo estresse de uma falta de planejamento familiar. O avanço de episódios do passado do casal, ligados à vingança e segredos, vai acarretar situações de perseguições de carro e até de assaltos. A atriz Dakota Johnson já explicou que o desfecho da trama terá mais ação, tudo nutrido por suspense e thriller, além claro, da consumação de desejos sexuais.
Assédio
Assistentes pessoais, governanta e guarda-costas ajudarão, na trama, a criar o estofo de mistério, quando do reaparecimento de Jack Hyde (Eric Johnson), o ex-chefe de Ana na agência da Seattle Independent Publishing. Não necessariamente pela ordem, Hyde corteja tudo o que seja de Grey: quer casa, helicóptero e até a esposa. Amiga de Ana, Kate (Eloise Mumford) será outra a ter o relacionamento posto à prova: namorando Elliot (o irmão de Grey), vivido por Luke Grimes, verá o ressurgimento de um antigo namorisco dele, a arquiteta Gia Matteo (papel de Arielle Kebbel), descrita como uma mulher ambiciosa e dona de vestimentas “inapropriadas”.
O aprendizado da capacidade de expressar emoções, por parte do bilionário Christian Grey, terá um componente extra, na nova fita, gerado pelo padrasto de Ana, Ray Steele (personagem de Callum Keith Rennie). Filho de pais biológicos assustadores, Christian Grey não lidará bem com traumas do passado. “Ele é daquelas pessoas não procuram ajuda e nem reagem quando são abraçadas”, observa Marcia Gay Harden. Mesmo que assinale a falta de traquejo de Grey, na futura paternidade, E L James alerta para o “elemento terapêutico” da nova condição de Grey. “Ele fica totalmente enfurecido, porque ele mesmo é uma criança assustada”, adianta.
US$ 55 milhões
é o orçamento estimado de
Cinquenta tons de liberdade