Mais que revelar as grandes apostas para a próxima cerimônia do Oscar, a festa do Screen Actors Guild Awards, o Sindicato dos Atores de Cinema, realizada na noite de domingo (21), em Los Angeles (EUA), reforçou o movimento crescente na indústria cinematográfica de valorização do trabalho da mulher. “Não é um momento - é um movimento”, decretou a presidente do sindicato, Gabrielle Carteris. Com isso, ela deu o tom à cerimônia.
Nenhum discurso deixou de fazer uma citação à onda de denúncias de assédio sexual, base do movimento de mídia social #MeToo e da campanha Time’s Up para o apoio legal das vítimas. "Estamos vivendo um momento decisivo", disse Kristen Bell em seu monólogo de abertura. "Medo e raiva nunca ganham a corrida."
O coro se estendeu durante praticamente toda a cerimônia, no discurso de homens e, principalmente, mulheres. Foi o caso de Nicole Kidman que, ao subir ao palco para receber o prêmio de melhor atriz de série dramática, por Big little lies, observou: "É uma vitória ainda ser premiada na minha idade e, mais ainda, estar trabalhando em um momento como esse", disse. "Trabalho há 20 anos na Organização das Nações Unidas e sei que precisamos escutar as vozes de quem não tem voz."
A coesão dominava - se a simples menção do nome de Meryl Streep, uma das vozes mais atuantes, provocou aplausos da plateia que ficou em pé mesmo ela não estando presente, Rosana Arquette elencou os nomes de algumas atrizes que primeiro denunciaram os assediadores.
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Entre os artistas principais, Gary Oldman confirmou seu favoritismo ao ser eleito melhor ator por sua perfeita reprodução de Winston Churchill, em O Destino de Uma Nação. "Nossa vida é feita de trocas.