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A história começa em 1978, quando Seal era apenas um piloto da extinta companhia aérea TWA. Levava uma vida relativamente normal, dividida entre a cansativa rotina de voos e os momentos com a esposa Lucy (Sarah Wright) na cidade onde viviam, na Louisiana. Nesse meio tempo, ele aproveitava também para contrabandear pequenas quantidades de charutos cubanos, o que foi descoberto por autoridades do governo norte-americano. Em vez da punição, veio o convite para prestar serviços à CIA, sobrevoando e fotografando áreas dominadas por movimentos revolucionários de esquerda na América Central, vistos como uma ameaça pela Casa Branca em plena Guerra Fria.
Seduzido pela boa remuneração, ele aceita a proposta, que viria a ser ainda mais lucrativa. O novo ofício colocou o piloto em contato com outra boa oportunidade financeira: o cartel de drogas de Medellín, na Colômbia, que começava a se articular, sob o comando de Jorge Ochôa e do ainda coadjuvante Pablo Escobar. Se “El Patrón” é figura-chave em produções recentes, como a série Narcos, da Netflix, ou a telenovela O senhor do tráfico, da emissora colombiana Caracol, em Feito na América suas aparições são discretas, embora decisivas, graças à sua notória intempestividade.
Apesar de ambientada nesse universo do narcotráfico colombiano dos anos 1980 – e sua relação direta e indireta com a CIA e com o governo dos Estados Unidos –, o centro da trama é a ousada e milionária trajetória de Barry Seal, que se torna um agente duplo, capaz de traficar armas para os norte-americanos e drogas para os colombianos, tornando-se um dos homens mais ricos do Arkansas, onde foi viver com a família, em uma cidade com menos de 3 mil habitantes, a mando da própria CIA, interessada em armar grupos contrários aos sandinistas na Nicarágua, por exemplo.
DIÁLOGOS
Na história repleta de conchavos, articulações, traições e propostas indecorosas, é possível ver Tom Cruise em diálogos um pouco mais extensos do que na maioria de seus filmes recentes, onde ele passa mais tempo lutando, explodindo, voando e saltando do alto de penhascos ou de carros em movimento. No entanto, para a alegria dos fãs do gênero, a ação não é deixada de lado. Em uma das cenas, já mostrada nos trailers, ele pousa um avião em uma rua de Atlanta e foge de bicicleta, coberto de cocaína. “Um absurdo total! O mundo está louco e Feito na América tem o espírito desse fora da lei”, afirmou o astro em depoimento concedido à equipe de produção e publicado pela Universal Pictures. Tom Cruise chegou, inclusive, a pilotar pessoalmente o avião, em terra, na gravação.
“Tom se dedicou mesmo ao personagem Barry Seal e nunca houve dúvida de que ele faria as cenas de ação”, declarou o diretor Doug Liman, que define a sequência do avião na rua como a mais ousada do filme, que também teve locações na Colômbia, para tornar a ambientação ainda mais real. Liman e Cruise voltam a se encontrar depois de No limite do amanhã (2014). A filmografia do diretor inclui ainda A identidade Bourne (2002), além de Sr. & Srª. Smith (2004).
Confira o trailer: