Criada em Lisboa em 2008, a Festa do Cinema Italiano ganhou versões também em Angola e Moçambique até aportar no Brasil, há quatro anos. Em sua maior edição no país desde então, o evento, que exibe filmes da nova safra do cinema da Itália, será realizado a partir desta quinta-feira, 31, em oito capitais. Em Belo Horizonte, as sessões, que vão até a próxima quarta-feira, 06 de setembro, serão no Cine Belas Artes.
O evento reúne sete longas, todos inéditos no país. ''Tentamos trazer filmes que podem ter potencial no mercado brasileiro. Tanto que quase todos os longas vão estrear no circuito comercial depois do festival'', comenta Stefano Savio, organizador da Festa do Cinema Italiano. É algo muito parecido com que o cinema francês faz com o Festival Varilux, ainda que seu tamanho seja menor. ''Esperamos poder crescer, ainda mais porque o novo cinema italiano voltou a ter interesse do mercado distribuidor. Há coisas interessantes não só para o público cinéfilo, mas para o público em geral'', acrescenta.
Todos os filmes serão exibidos nos mesmos dias e horários nas oito cidades que recebem o evento. Nesta quinta, às 19h, será apresentado Algo de novo (2016), de Cristina Comencini. Já às 21h30 será exibido Em guerra por amor (2016), de Pierfrancesco Diliberto.
''Em guerra por amor joga com os estereótipos da cinematografia italiana. É uma história sobre imigração na Sicília e trata, de maneira bastante irônica, a questão da máfia'', continua Savio. A trama, ambientada durante a Segunda Guerra, mostra um casal que vive uma complicada história de amor. Para que Arturo e Flora consigam se casar, eles têm que conseguir a aprovação do pai da jovem, um siciliano tradicional. Para tal, Arturo se alista no Exército americano.
''Este filme tem uma temática parecida com O fantasma da Sicília (2017, de Fabio Grassadonia e Antonio Piazza, que estão no Brasil para o festival). O longa, que abriu a Semana da Crítica no Festival de Cannes, é quase um filme fantástico sobre a máfia, que mostra as páginas negras da história através do olhar das crianças.''
Stefano Savio chama a atenção para outra vertente dos filmes selecionados. ''São produções interessantes que retratam as dinâmicas femininas com um bocado de amor.'' Dessa seara serão apresentados o já citado Algo de novo – sobre duas amigas, uma que não quer saber dos homens e outra que não consegue viver sem eles – e Histórias de amor que não pertencem a este mundo (2017). Este último é dirigido por Francesca Comencini, irmã de Cristina, a diretora de Algo de novo.
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Em BH, as exibições serão de quinta-feira, 31, a quarta-feira, 06, no Cine Belas Artes. Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia). Veja a programação completa em www.festadocinemaitaliano.com.br.
Curtas franceses
Além do cinema italiano, a produção francesa atual ganha uma mostra em BH. De sexta-feira, 1º, a 13 de setembro, o Sesc Palladium (Avenida Augusto de Lima, 420, Centro) promove o FestiFrance. Setenta filmes serão exibidos nas duas próximas semanas. A ênfase da programação está nos curtas-metragens de animação e live action. Em sua terceira edição, o evento ainda promove workshops, oficinas e debates. Como conta com mostras competitivas (de curtas, longas e documentários), o FestiFrance promove uma cerimônia de entrega de prêmios (no dia 12). Toda a programação tem entrada franca. Confira os filmes no facebook.com/festifrancebrasil.