Reboots ou refilmagens costumam despertar muita desconfiança em fãs de filmes e franquias muito icônicos na cultura pop. No entanto, com Planeta dos macacos ocorre o inverso – os índices de bilheteria melhoram a cada lançamento. O mais novo título da sequência iniciada em 2011 estreia nesta quinta-feira, 03, no Brasil, embalado pela boa audiência nos Estados Unidos e prometendo o que o público da saga adora: show de efeitos especiais e desenvolvimento da trama dos símios contra os humanos.
Em Planeta dos macacos: A guerra, o diretor Matt Reeves, responsável também pelo roteiro, continua o enredo iniciado em Planeta dos macacos: A origem (2011). A atual trilogia conta ainda com Planeta dos macacos: O confronto (2014). Trata-se de um reboot, ou seja, uma nova forma de contar uma história já conhecida. No caso, o clássico dirigido por Franklin J. Schaffner, lançado em 1968, que teve outras quatro sequências nos anos seguintes.
Se no primeiro filme o astronauta George Taylor (Charlton Heston) encontra um planeta habitado por macacos superdesenvolvidos e, mais tarde, descobre ser a própria Terra, as versões mais recentes mostram como eles se tornaram tão inteligentes. Planeta dos macacos: A guerra apresenta um cenário em que a raça humana já foi dizimada pelo vírus da gripe símia, mas vários remanescentes ainda se organizam militarmente contra a população primata inteligente estabelecida nas florestas.
O cruel Koba, que liderava os macacos na busca por destruir por completo os humanos nos últimos filmes, está morto e quem comanda a sociedade é César, menos agressivo e idealista de um acordo de paz com as pessoas, desde que cada um possa viver em seu hábitat com harmonia.
No entanto, como o título sugere, o que não falta é beligerância. Temerosos pela própria extinção, os humanos partem para o ataque sob o comando do Coronel Kurtz (Woody Harrelson), que odeia a outra espécie.
REALIDADE VIRTUAL O protagonista é novamente interpretado por Andy Serkis, muito experimentado no uso dos captadores de movimento. Além de César nos dois últimos títulos de Planeta dos macacos, Serkis já deu vida ao Smeagol e seu alterego Gollum em O senhor dos anéis e ao Líder Supremo Snoke em Star wars: O despertar da força. Personagens cuja aparência também foi criada a partir da realidade virtual somada aos movimentos do ator de 53 anos, que se transforma em um macaco graças aos traços hiper-realistas criados digitalmente.
Embora a temática de Planeta dos macacos seja permeada por diversas críticas à sociedade moderna, como nossa relação com os animais e com a ciência, a ação predomina tanto nos filmes originais quanto nas versões mais recentes. Desta vez, há espaço para diálogos um pouco mais longos entre os símios, ressaltando os laços afetivos entre vários deles e também a capacidade racional que têm para se organizar. Também se vê a introdução de personagens já conhecidos da sequência antiga, como Cornelius, macaco cientista que estuda os humanos no longa de 1968. No entanto, prevalece o dinamismo das sequências de combate, fuga, perseguição e macacos guerreiros montados a cavalo, como nos clássicos, mas desta vez criados por computador. A maior parte das filmagens foi feita em montanhas geladas na região de Alberta, no Canadá.
A fórmula tem dado certo. Em cartaz nos Estados Unidos desde 14 de julho, Planeta dos macacos: A guerra liderou o ranking de bilheteria do país em sua primeira semana, superando Homem-Aranha: De volta ao lar. O herói dos quadrinhos ainda leva a melhor considerando os números absolutos, sendo a maior bilheteria de julho, seguido de Planeta dos macacos, que já faturou US$ 120 milhões. O orçamento da produção distribuída pela Fox foi de US$ 150 milhões. Planeta dos macacos: O combate, seu antecessor, faturou US$ 204 milhões nos EUA, mais US$ 502 milhões no resto do mundo, tornando-se um dos 10 filmes de maior bilheteria em 2014, enquanto A origem arrecadou US$ 176 milhões, considerando apenas os números norte-americanos, mais US$ 300 milhões fora.
Abaixo, confira o trailer: