Meu malvado favorito é a franquia que nasceu para o sucesso. Com uma fórmula sem mistério, une bom-humor, um quê de delicadeza, diversão e uma surpresinha ou outra. Foi assim no primeiro longa da série, lançado há sete anos, e seguiu surfando na onda com a continuação de quatro anos atrás. Agora, a terceira animação consegue manter o interesse pelos personagens e pelo enredo e prova que continuações podem satisfazer os fãs.
Desta vez, a história gira em torno de Balthazar Bratt, ator decadente dos anos 1980 que quer a tudo custo se vingar de Hollywood, pois credita ao sistema dos estúdios a sua derrocada. O personagem é um estereótipo dos tipos e costumes da chamada “década perdida”: blazer de ombreira, bigodão, cabelos espetados e carregados de vaselina, o que garante diversão para os papais e mamães. Quem viveu aquela época vai curtir ainda mais as cenas do vilão recheadas de sucessos musicais entre elas Bad (Michael Jackson), Take on me (A-ha), 99 luftballons (Nena), Into the groove (Madonna). A trilha fica ainda mais redonda com canções de Pharrel Williams.
Balthazar acaba provocando reviravolta na vida do ex-vilão Gru, que, para recuperar um diamante roubado pelo ator decadente, estabelece uma parceria com o até então desconhecido irmão gêmeo Dru. O roteiro é bem costurado e, apesar de não ser mirabolante, mantém os olhos da plateia grudados na tela.
Ah! Os minions – aquelas criaturinhas amarelas adoráveis – continuam provocando boas risadas em situações inusitadas, incluindo a fuga de uma prisão e a participação em um desses programas de calouro que fazem sucesso na TV americana.
Melhor: a cena final mostra que ainda está longe de nos livrarmos dessas criaturas amarelas. Com sorte eles ainda serão prova de que sequências serão sempre bem-vindas.