

Coprodução com o Uruguai, o filme gaúcho acompanha a relação de uma adolescente e o pai.
Nalu (a estreante Maria Galant) é uma garota de 16 anos que mora com o pai e a avó numa vila na fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai. O pai, Ruben (Marat Descartes), hoje com 40 anos, ficou cego mal entrado na casa dos 20. Com uma relação distanciada da filha, ele passa seus dias ensimesmado. Seu contato com o mundo externo se dá na companhia da mãe. Juntos, eles tecem lã. Quando a idosa morre, Ruben se vê obrigado a se aproximar da menina, pois ela representa sua própria sobrevivência.
Apostando em longos planos e num cenário quase inóspito, o filme foi rodado em 2015, na Vila de São Sebastião. O projeto envolveu diretamente a população local. Pelo menos 40 pessoas deram suporte à equipe do longa, que misturou profissionais brasileiros e uruguaios. Alguns jovens participaram como figurantes da história.
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Enquanto Nalu está descobrindo o mundo, Ruben o está redescobrindo. Mesmo tendo perdido a visão há pelo menos duas décadas, ele não se adaptou. Sua vida começa a mudar quando a professora de Nalu (papel da uruguaia Verónica Perrotta) chega até ele. Os dois começam a ter um convívio durante aulas de arte. Se num primeiro momento a professora atua como conciliadora da relação pai e filha, o ciúme que um terceiro elemento gera na relação acaba afetando a todos.