Coincidindo com o Festival de Cannes, onde a seleção em competição de dois filmes da Netflix despertou grande polêmica, os signatários afirmam que é "mais urgente do que nunca manter a territorialidade dos direitos, porque serve para estruturar e assegurar o elevado nível de financiamento de obras na Europa, especialmente no caso das indústrias cinematográficas mais frágeis". "Deve ser consolidado e reforçado o direito dos autores a viver de sua arte para que possam continuar criando. A integração dos gigantes da Internet na economia criativa europeia é determinante para o futuro do cinema", diz o manifesto.
Os cineastas consideram que "a Europa deve definir uma meta e assegurar as condições de um jogo competitivo mais justo e sustentável entre todos aqueles que difundem nossas obras". "Há muita coisa em jogo, mas o desafio é formidável: nos unirmos - atores políticos, criadores e cidadãos - para redesenhar e reconstruir uma política cultural exigente e ambiciosa, adaptada ao ambiente digital, a sua economia e as suas aplicações, que coloque em valor as
obras e situe os criadores no epicentro da ação", concluem.
Paolo Sorrentino (Itália), Pablo Berger, Montxo Armendáriz, Iciar Bollain, Fernando Colomo, José Luis Cuerda (Espanha), Costa Gavras, Michel Hazanavicius, Bertrand Tavernier (França), Cristian Mungiu (Romênia) e Volker Schlöndorff (Alemanha), entre outros, se juntaram a este apelo, publicado durante a realização do Festival de Cannes, o maior festival de cinema do mundo..