Essa é a sinopse de O poderoso chefinho, a mais nova produção da DreamWorks Animation, que assina sucessos como Shrek, A fuga das galinhas, Kung Fu Panda e Madagascar. Aliás, é Tom McGrath, responsável pela animação que conta a história do leão Alex, da zebra Marty, da girafa Melman e da hipopótamo Glória, quem dirige o longa que estreou nesta semana no Brasil.
O desenho animado traz logo no início a famosa pergunta: afinal, de onde vêm os bebês? No caso de O poderoso chefinho, eles são originários de uma espécie de fábrica em que são submetidos a uma espécie de triagem que os designa para a família (categoria na qual são enviados para ser criados como uma criança comum) ou a gerência (aqui, os bebês são especiais e têm uma missão ultrassecreta a cumprir). É aí que se encaixa o nosso poderoso chefinho, uma fofurinha que parece real – sobretudo no formato 3D – ainda que seja um bebê marrento que se comporta como um chefe linha dura e, muitas vezes, arrogante.
Dono de ótimas tiradas muitas vezes endereçadas apenas ao espectador adulto, o chefinho ganhou na versão original a voz de Alec Baldwin, veterano de animações da Dreamworks, como Madagascar 2 e A origem dos guardiões, e hoje popularíssimo por sua paródia do presidente americano Donald Trump.
O roteiro do filme brinca com Baldewin quando o poderoso chefinho diz: “Cookies are for closers” (Os biscoitos são para os mais chegados), numa referência à sua frase em O sucesso a qualquer preço: “Coffee is for closers!” (O café é para os mais chegados).
No decorrer do longa, o bebezinho revela-se não tão fofo e disposto a tudo – seguindo a linha os fins justificam os meios – para cumprir sua tarefa, que é impedir que um inescrupuloso CEO da empresa Puppy Co., voltada para filhotes de cachorro, acabe com o amor no mundo.
Devaneios à parte, O poderoso chefinho é uma história doce, leve e divertida e tem como um dos principais méritos discutir questões universais como família, irmandade, amizade e amor. Certamente vai agradar bebês de 0 a 80 anos.
VOZES FAMOSAS
Na versão brasileira, a grande estrela é Giovanna Antonelli, que dubla Janice, a mãe de Tim e do protagonista, o bebê mandão. É a segunda vez que a atriz carioca tem uma experiência assim. Em 2003, ela fez a voz de Marina, grande amor de Sinbad - A Lenda dos sete mares. “A dublagem em si já é muito interessante, mas este filme é divertido, inteligente
Para ela, a principal dificuldade na dublagem é dar voz aos diálogos no tempo certo e sincronizado. A artista diz que, assim como sua personagem na animação da DreamWorks, é uma mãe muito amorosa e respalda a mensagem que o longa-metragem quer transmitir. “É uma produção que trata de uma questão delicada, que é a chegada de um filho sob a ótica do irmão mais velho, de um jeito bem-humorado e leve. Fui assistir com meus filhos (Pietro, de 11 anos, e as gêmeas Sofia e Antônia, de 6) e eles adoraram. É um filme para toda a família. Acredito que a principal lição de O poderoso chefinho é que precisamos dar tempo para os nossos filhos encararem as mudanças. E nunca abrir mão do amor.”
Giovanna Antonelli está atualmente em Portugal, de férias com a família, após o término de Sol nascente, novela das 18h em que interpretou a protagonista, Alice. Em entrevista por e-mail ao Estado de Minas, ela disse que pretende aproveitar esse período não só para descansar e curtir a prole e o marido, o diretor Leonardo Nogueira, mas também para se aperfeiçoar. “Vou estudar e me reciclar também.”
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