Desde que a Disney anunciou que faria uma versão live-action de A Bela e a Fera, a expectativa era alta. A animação é um clássico do estúdio e fez história ao se tornar o primeiro longa animado a figurar entre os indicados a melhor filme no Oscar. Até por isso, o investimento para o novo longa-metragem foi pesado.
Com orçamento de US$ 160 milhões, a nova versão recebeu direção de Bill Condon, nome por trás das sagas finais de Crepúsculo (Amanhecer — Parte 1 e 2), e trouxe a queridinha do momento, Emma Watson, no papel da protagonista Bela. Mas o esforço não parou por aí. O compositor Alan Menken, que fez a maioria das trilhas sonoras para os desenhos da Disney, ficou responsável pelas composições do filme. E o elenco ainda conta com astros e estrelas, incluindo Ian McKellen (no papel do relógio Cogsworth), Ewan McGregor (como o candelabro Lumière), Emma Thompson (interpretando a Madame Savomar) e Stanley Tucci (o piano de cauda Cadenza). Este último, um papel original para o longa-metragem.
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Todos esses esforços da Disney parecem ter dado certo. Com apenas uma semana de estreia, A Bela e a Fera registrou recordes de bilheteria: conquistando US$ 170 milhões em território americano, apenas no fim de semana (ou seja todo o investimento já foi pago) e atingindo a marca de US$ 462 milhões ao redor do mundo em sete dias. O Brasil está entre os principais países em audiência do filme, sendo a quarta maior bilheteria, perdendo apenas para China, Reino Unido e México.
Motivo do sucesso
Diferentemente de outras adaptações de A Bela e a Fera para os cinemas, a versão live-action da Disney resolveu ser bastante fiel à animação de 1991. A começar pela trilha sonora: as canções do musical são as mesmas, com pequenas mudanças nas letras e acréscimo de novidades, como as faixas How does a moment last forever, entoada por Maurice (Kevin Kline), pai de Bela; Days in the sun, cantada pelos objetos da casa; e Evermore, canção interpretada por Bela após ser libertada da mansão da Fera (Dan Stevens).
As cenas clássicas do desenho animado estão lá. Agora, encenadas por Emma Watson, Dan Stevens e Luke Evans (Gaston). Outras novidades que incrementaram A Bela e a Fera, foram a presença da temática homossexual, que é levada de forma leve e engraçada por meio do personagem LeFou (Josh Gad), que é apaixonado pelo amigo Gaston, e também partes da história que não são contadas no clássico, como o passado familiar da Bela e da Fera, com informações sobre as mortes das mães de cada um e a influência que isso teve na vida dos personagens.
Como qualquer filme de sucesso em Hollywood, há sempre uma especulação em torno de continuações. O produtor do longa, Sean Bailey, afirmou em entrevista ao site Dealine que a história não terá uma sequência, no entanto, ele não descarta a possibilidade de filme derivados de A Bela e a Fera, como spin-offs de outros personagens.
»Bilheteria de outros live-actions da Disney
Alice no País das Maravilhas (2010): US$ 1 bilhão
Malévola (2014): US$ 758,4 milhões
Cinderela (2015): US$ 500 milhões