Em agosto de 2015, Yusra e a irmã Sarah resolveram fugir da Síria por conta da guerra. Elas e mais 18 pessoas viajavam em um barco cuja capacidade era de sete passageiros em direção à Grécia quando o motor da embarcação parou de funcionar. As duas, então, nadaram por mais de três horas se revezando para puxar o bote e salvar a vida dos passageiros. Depois do incidente, elas se mudaram para Berlim, na Alemanha, e conhecerem um treinador profissional de natação.
Yusra fez parte da primeira delegação de refugiados na história das Olimpíadas e competiu no Rio de Janeiro em 2016. Ela não chegou a ganhar medalhas - ficou na 41ª colocação nas eliminatórias dos 100m borboleta - mas emocionou o mundo ao se dizer muito feliz de estar na competição ao lado de grandes nadadores, mesmo tendo perdido.
Eric Fellner, um dos sócios da produtora à frente do filme, afirmou que é raro encontrar uma história "cuja verdade a torna emocionalmente mais poderosa do que a ficção jamais será". "A jornada física, espiritual e geográfica que Yusra e Sarah fizeram é bem inacreditável. Através do poder do filme nos sentimos privilegiados e entusiasmados em compartilhar uma história tão importante e incrível sobre como vidas podem ser mudadas por meio de sonhos, ambição e desejo", disse ele ao The Hollywood Reporter.