O documentário sobre Reginaldo Rossi começará a ser gravado na próxima semana no Recife. Com pesquisa e roteiro quase definidos, o telefilme contará com a participação do filho do artista, Roberto Rossi, que interpretará o pai no período dos anos 1960. A informação foi confirmada pelo diretor José Eduardo Miglioli, o mesmo de Chico Science - um caranguejo elétrico.
Roberto é formado em artes cênicas pela CAL - Casa de Artes de Laranjeiras, no Rio de Janeiro. A ideia surgiu ainda no início do projeto durante conversa entre o diretor e Roberto. "A gente criou uma alegoria narrativa onde o Beto vai se inserir. Quando a gente começou, eu encontrei com ele no Rio de Janeiro e estabelecemos uma ideia bacana. Ele é ator e muito parecido com o pai. Tem um timbre de voz muito igual", adianta, em entrevista ao Viver. As cenas devem suprir a ausência de acervo de imagens do cantor na fase inicial da carreira.
A proposta da produção é explorar a relação do artista com o rock e a Jovem Guarda, não muito conhecida pelo grande público
A ideia é incluir nomes que fizeram parte da trajetória do cantor, como produtores e músicos, a exemplo do violeiro Fernando Filizola, de Quinteto Violado, e de pessoas que se influenciaram ou admiravam o trabalho dele, como Ivete Sangalo, Gaby Amarantos, Chimbinha, Xico Sá, Wanderléa, Michael Sullivam e Marcelo D2. Para Roberto, o lado roqueiro do pai é pouco conhecido para o grande público. "O que ficou mais popular foi a última fase do meu pai. Ele tem muito fã jovem, que não acompanhou o início dele na Jovem Guarda
Ao autorizar o documentário, o filho fez uma ressalva: "Eu só pedi que fosse o mais verossímil possível. Não inventasse coisas que não aconteceram". O roteiro do documentário é assinado pelo DJ Dolores. Em parceria com a Globo Filmes, a R-TV Produções foi responsável pelo documentário sobre Chico Science, exibido pela Globo. A Ancine autorizou a produtora responsável, atráves da Lei do Audiovisual, a captar R$ 652 mil para o filme.
Aos 70 anos e quase 50 de carreira, Reginaldo Rossi morreu de falência múltipla dos órgãos em decorrência de câncer no pulmão, em dezembro de 2013.
Fãs podem enviar fotos com o artista para filme
Fãs de Reginaldo Rossi poderão participar do documentário que está sendo produzido sobre a carreira dele, morto em 2013. O DJ Dolores, responsável pelo roteiro do filme, anunciou em sua página no Facebook que as pessoas podem enviar fotos com o Rei do Brega para colaborar com o filme, que está em fase inicial de produção. "Se você tem alguma foto com ele, manda pra gente e garanta sua participação neste registro histórico", escreveu o artista.
Segundo o diretor José Eduardo Mignoli, a previsão é de que o material, intitulado provisoriamente de Reginaldo Rossi, meu grande amor estreie ainda neste ano. Em entrevista ao Viver, em janeiro, DJ Dolores afirmou que o documentário vai abordar a veia mais "roqueira" de Rossi. "A gente está tentando fazer uma abordagem original a respeito dele. Vamos dar uma perspectiva mais pop, mais roqueira do artista. Reginaldo virou uma caricatura do brega. Ele era multifacetado", adiantou. Sob o comando da R-TV Produções, o material deve ser exibido pelo canal de TV Globo.
Neste mês, o filho de Reginaldo revelou que o pai morreu sem dinheiro por conta de dívidas que adquiriu jogando. Roberto Rossi desabafou no programa Domingo show, apresentado por Geraldo Luís, afirmando que herdou dívidas de Reginaldo e que agora trabalha como Uber para pagar as contas. Após a morte do cantor e compositor pernambucano, em 20 de dezembro de 2013, ele e a mãe, Celeide Neves, consultaram as contas bancárias e constataram a ausência de saldo. Rossi fumava desde a adolescência e morreu devido a um câncer de pulmão, aos 70 anos.