Insubstituível é o primeiro longa a ser lançado pela Cineart Filmes. A nova distribuidora é um braço da Rede Cineart, proprietária do maior e mais antigo parque exibidor de Minas Gerais.
“Nosso negócio sempre foi a exibição, uma história que vem lá de trás. Só que o mercado nacional se desenvolveu muito nos últimos anos. Como somos o maior exibidor daqui, os diretores começaram a nos procurar para exibir os filmes. Então acabamos por nos aproximar desse lado”, afirma Thais Henriques, diretora da Cineart.
Ainda que leve o mesmo nome, a distribuidora será independente da exibidora. O perfil é também diferente. As salas da Cineart, à exceção da que fica no Ponteio, têm uma programação mais popular. Já os filmes da distribuidora vão tentar dosar uma produção autoral com aquelas de vocação para grande público.
“Nossa intenção não é segmentar, mas diversificar ao máximo. Tentamos imprimir um gosto pessoal, mas também exibir filmes com um toque comercial”, diz Thais. Os títulos já confirmados pela distribuidora exemplificam essa diversidade.
Em 9 de abril, estreia Além das palavras, cinebiografia da poeta Emily Dickinson (aqui interpretada por Cynthia Nixon, ex-Sex and the city). Em maio, ainda sem data, será lançada a comédia de humor negro argentina O ilustre cidadão, de Mariano Cohn e Gastón Duprat, que levou prêmios em uma série de festivais, incluindo Veneza.
REVISÃO Já a produção mineira O que queremos do mundo, de Igor Amin, projeto transmídia para crianças que prevê também uma série de oficinas, não tem data de estreia. Também estão previstos a produção canadense Selfie from hell, longa de terror inspirado num curta que viralizou na internet (maio ou junho); e This is your death, thriller com Josh Duhamel (junho ou agosto).
Por fim, em dezembro deve chegar aos cinemas A livraria, filme da espanhola Isabel Coixet, diretora de dramas prestigiados como Minha vida sem mim (2003) e A vida secreta das palavras (2005).
“Estamos começando na distribuição sem pretensão. Vamos trabalhar de forma bem criteriosa cada lançamento, para que os filmes tenham um diferencial. Na verdade, hoje o mercado tem gigantes, como a Paris Filmes. Não estamos entrando procurando briga”, afirma Thais.
Em 2017, a Cineart completa 70 anos. Fundada em 1947 pelo empresário Antônio Luciano com o nome Cinemas e Teatros, foi proprietária dos grandes cinemas de rua de BH (os cines Brasil, Jacques, Palladium, Acaiaca, entre vários outros). Também pioneira na implantação dos cineplex na capital mineira, é dona do complexo com a maior média de público de BH (o cine Boulevard).
Hoje conta com 69 salas no Estado. Neta de Luciano, Thais afirma que a rede deve inaugurar, em dezembro, um complexo com quatro salas em Santa Luzia.