Gavin Palone, um dos produtores do longa Quatro vidas de um cachorro, admitiu que houve erro por parte da equipe que acompanhava as gravações no dia em que o pastor alemão Hercules gravou a cena em um tanque de água com correnteza. Segundo ele, a equipe do filme foi negligente ao deixar o animal na água contra a vontade.
''Como vocês puderam ver no vídeo da TMZ, duas coisas ficaram evidentes: (1) por 35 ou 40 segundos o treinador força o cachorro a entrar na água quando claramente ele não quer entrar; e (2) em outro take, filmado momentos depois, o cachorro entra na água por vontade própria e, ao final, a cabeça dele fica submersa por cerca de 4 segundos. Essas duas situações são completamente injustificáveis e não deveriam nunca ter acontecido'', esclareceu Gavin.
O produtor criticou a American Humane Association (AHA), entidade que fiscalizou as gravações e deu o selo de garantia de que nenhum animal havia sofrido durante as filmagens. ''Eu sabia e já havia escrito sobre o quanto a AHA é ineficiente e tem sido assim há muitos anos. Eles sempre checam a segurança dos animais nas produções em estúdio e eu não fui consultado nem quando eles ou os treinadores foram contratados. Eu deveria ter batalhado contra o estúdio e sugerido alternativas para preencher essas funções'', escreveu o produtor.
No entanto, Gavin também ciritica a forma como o vídeo foi ''editado'' e repercutido pela PETA, entidade de proteção aos animais que convocou um boicote ao filme depois da divulgação das imagens.
''Não satisfeitos em viralizar o vídeo da TMZ, que mostra de forma errônea tudo que aconteceu, eles ainda incluíram um trecho de um de nossos trailers em que você vê um cão pular sobre uma barragem de água. Mas aquele não é um cão de verdade, e sim uma cena gerada em computador de um cão pulando na água. Não é essa a definição de notícia falsa?'', questiona.
Quatro vidas de um cachorro chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 26. A previsão é de que a polêmica prejudique fortemente o desempenho do filme nas bilheterias.