Paulo Gustavo tem a maior cara de pau. ''Por quê?'', ele pergunta. Numa cena de Minha mãe é uma peça 2, dona Hermínia pega o avião, senta-se ao lado de um bonitão e lhe diz... Olha o spoiler. O bonitão é o marido de Paulo Gustavo, Thales Bretas. ''Estou casadíssimo, papel passado e tudo'', ele diz. Não foi fácil convencer o companheiro, um dermato conhecido e respeitado na profissão. Mas é impossível ser cara-metade de Paulo Gustavo sem aceitar esses desafios numa boa.
O filme estreou ontem em cerca de mil salas no país, o que é um feito raro.
A família está, de novo, no centro de Minha mãe 2. ''Todo mundo tem (família). É o tipo da coisa que a gente esculhamba, mas não vive sem.'' Paulo Gustavo reflete sobre a peculiaridade de sua trajetória. ''Fiquei famoso e ninguém nem sabia quem eu era, porque era a dona Hermínia. Minha mãe ficou conhecida antes que eu'', brinca.
Além do filme, o comediante está em cartaz no Rio de Janeiro com a peça Online. É um sucesso. ''Ponho 5 mil pessoas aqui todo fim de semana'', diz. Online não tem tema.
''Fico até o carnaval e, em março, vou com o Online para São Paulo'', ele anuncia. Como tudo que Paulo faz, o espetáculo é muito incorreto. E isso aumenta sua responsabilidade.
Hiperativo, o ator tem vários planos. Um deles chama-se A vila, próximo programa que será exibido pelo Multishow. ''Estou saindo em definitivo do Vai que cola. Já tenho dois episódios.'' O novo projeto vai contar com a atuação de Teuda Bara, mítica atriz do Grupo Galpão, de Belo Horizonte. ''O programa sobre um palhaço abandonado numa cidadezinha e que, a cada semana, contracena com um habitante local, ou com alguém de passagem. É muito engraçado, com um toque de nostalgia. A Teuda faz a dona da pensão. Vai contracenar em todos os episódios comigo, explica Paulo Gustavo.'' A grande atriz está encantada: ''É uma coisa que nunca fiz antes e o Paulo tem sempre mil ideias para ver qual vai funcionar mais''.