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'Trolls', que estreia nesta quinta, aposta na fórmula monstrinhos fofos, personagens carismáticos e trilha sonora pop

Cria dos estúdios Dreamworks, responsáveis pela franquia 'Shrek', a animação promete conquistar crianças e adultos

Pedro Galvão

Os trolls são pequenas criaturas que só sabem cantar, dançar e abraçar.

Se seus criadores atingirem seus objetivos, eles também serão capazes de voltar a vender milhões de exemplares daqueles bonequinhos muito populares na década de 1970, além de levar milhares de espectadores ao cinema para assistir à animação que estreia hoje em 35 salas da Grande BH.
Poppy e Tronco já estão na briga pelo Oscar 2017 na categoria animação - Foto: Dreamworks/divulgação
Cria dos estúdios Dreamworks – responsáveis pela franquia Shrek –, Trolls também aposta na fórmula monstrinhos fofinhos, personagens carismáticos e trilha sonora pop.

 

Confira aqui os horários de exibição de Trolls nos cinemas da Região Metropolitana de BH

 

O produtor musical é o astro Justin Timberlake, que dubla um dos protagonistas na versão original em inglês. A cantora e atriz Anna Kendrick, Ariana Grande, Zooey Deschanel e Gwen Stefani emprestam suas vozes a personagens e canções.

A animação conta a história de dois povos antagônicos: os trolls e os bergens. Os primeiros são criaturas pequeninas que vivem sob felicidade contínua. O lar deles é colorido e o cenário parece parte do filme Hair (1979) ou de alguma comunidade hippie flower power setentista.

Com cabelos longos e coloridos, os trolls participam de festas disco, coreografando e cantando os hits September (Earth, Wind and Fire) e Moove your feet (Junior Senior), que no mundo real fizeram sucesso quase na mesma época dos bonecos troll.

O único problema das criaturinhas são os amargurados bergens, monstros enormes que moram em uma comunidade sombria e acinzentada. A única experiência de felicidade deles é devorar um troll. Isso ocorre só uma vez por ano, no feriado trollstício.


A população de trolls escapa do domínio dos bergens e foge para longe graças à bravura de seu rei.
O episódio resulta no exílio da bergen culpada pela fuga dos bichos que serviriam de alimento. Vinte anos depois, a vilã reaparece, encontra o esconderijo dos trolls e interrompe a paz que eles pensavam ser eterna. Ela sequestra algumas criaturinhas para oferecê-las a seu reino.

A jovem princesa Poppy, meiga, alegre e adorada por todos, escapa do ataque e ganha a missão de resgatar seus amigos. Alia-se a Tronco (Timberlake), que, ao contrário dos outros trolls, é triste, não gosta de festas e nem de cantar e abraçar.

CONFRONTO

A aventura é marcada pelo confronto dessas duas personalidades: ela é otimista e sorridente; ele esbanja sarcasmo e sisudez. Um aprende muito com o outro e ambos se fortalecem a partir das diferenças. A dupla acaba cruzando com dois jovens bergens perdidos em sua existência sombria e amargurada.

Ao contrário de animações recentes – como Divertidamente, vencedora do Oscar deste ano –, Trolls não aprofunda questões adultas ou existenciais. Por outro lado, a história traz, de forma mais simplificada dentro do enredo infantil, questionamentos sobre a felicidade e as condições que estipulamos para atingi-la.

Além da produção gráfica caprichada, rica em efeitos e cores, o trunfo de Trolls é a trilha sonora. Clássicos do passado, entre eles Sound of silence, de Simon & Garfunkel, misturam-se a sucessos recentes de Justin Timberlake, Anna Kendrick e Gwen Stefani, além de canções originais, compostas por eles. É bem possível que o Oscar de canção original vá parar nas mãos de Timberlake, por Can’t stop the feeling.

A mistura de elementos antigos e modernos cria linguagem compatível tanto para quem chegou a brincar com os bonecos troll nos anos 1970 quanto para quem nasceu há pouco tempo e está descobrindo o significado de tudo, inclusive da felicidade – que, por enquanto, pode estar em uma divertida sessão de cinema com a família. (PG)

COTAÇÃO
REGULAR

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