É comum, em eventos sociais, alguém apresentar Carlo Mossy como “o ator mais pornográfico do Brasil”. Aí, ele para e calmamente explica: pornografia é diferente de pornochanchada. “Não fiz sexo explícito. Não que não quisesse ter feito, mas as condições não permitiam”, jura Mossy, astro de Como é boa nossa empregada (1973).
Prestes a completar 70 anos, em outubro, o ator, diretor e produtor não rejeita o título de Rei da Pornochanchada. Ao contrário, diz que se orgulha dele. Mas anuncia: vai estrear como documentarista, dirigindo Garota de Ipanema, o bar e Só pelo amor vale a vida, ambos em fase de finalização.
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“Sinto saudades de uma época em que sonhava mais do que hoje. O ser humano mudou. Toda a culpa está no vil metal, no dinheiro, que, aliás, jamais será usado para beneficiar ladrões e corruptos. Esses vão morrer antes de conseguir gastá-lo. Quem sai ganhando são os banqueiros da Suíça, e só”, afirma Mossy.
O ator estreou no cinema em 1968, no longa Copacabana me engana, de Antonio Carlos da Fontoura. Sua carreira não se limitou a comédias e pornochanchadas. Ele integrou também o elenco do elogiado O homem do ano (2003), dirgido por José Henrique Fonseca, e atualmente pode ser visto na série Magnífica 70, exibida pelo canal pago HBO. (Agência Globo)