Morreu nesta quarta-feira, aos 34 anos, o documentarista mineiro Marcelo Reis, realizador do filme O imortal do gelo, sobre o Clube Atlético Mineiro. O cineasta buscava fazer política por meio de seus filmes, colocando "a ética em detrimento da estética", ouvindo e registrando pessoas que estão à margem na cidade de Belo Horizonte. Segundo a assessoria de imprensa O Barco, o diretor lutava contra uma doença pulmonar. O corpo de Marcelo Reis foi sepultado às 11h desta quinta-feira no Cemitério da Colina.
O documentarista também dirigiu os longas Aterro (2009) e No Vermelho (2016), o média Espaço reservado para pichadores (2007) e os curtas Esculacho (2013), Você tem identidade?; (2007) e Quando a Parede Cai (2009), codirigido com Nilo Augusto e Patrícia Vieira.
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Sua mais recente produção é Bênção (2016), que estreou recentemente no Museu da Imagem e do Som de Belo Horizonte (MIS-BH) - Cine Santa Tereza. O curta foi codirigido com Guilherme Reis, seu primo e outro de seu grandes parceiros, ao lado de Patrícia e também de Raul Costa, de cujo projeto musical Retrigger.
Marcelo Reis recebeu premiações no Festival Internacional de Curtas Metragens de Belo Horizonte (Brasil), no Third World Independent Film Festival (Estados Unidos), no Festiver (Colômbia), o Prêmio Luis Espinal na Mostra Cine Trabalho (Brasil) e uma Menção Honrosa no Festival Imagens da Cultura Popular Urbana (Brasil). Em 2010, foi um dos quatro brasileiros selecionados para o Talent Campus da Universidad del Cine de Buenos Aires. O tema do ano era o “Cinema Documentário” e concorriam produtores latino-americanos de até 29 anos.