O cineasta exerceu forte influência em todo o mundo com filmes experimentais, conceituais, por vezes minimalistas, e ao mesmo tempo reveladores sobre a cultura, a natureza e o cotidiano do Irã. 'Através das oliveiras' (1994), 'Gosto de cereja' (1997), 'O vento nos levará' (1999), 'Dez' (2002) e 'Cópia fiel' (2010) estão entre suas obras mais famosas.
Kiarostami tinha uma forma de filmar bastante rígida, com filmes que demonstravam o domínio de métodos narrativos, dramáticos e fotográficos bem definidos. Longas sequências de diálogos concentradas dentro de automóveis estavam entre seus procedimentos mais explorados.
Seis filmes dele participaram do Festival de Cannes e dois foram premiados ('Gosto de cereja' ganhou a Palma de Ouro em 1997 e Cópia fiel recebeu o prêmio da juventude em 2010).
Abbas Kiarostami foi o grande responsável por elevar o cinema do Irã para uma posição de protagonismo na arte mundial. Ele também ajudou a revelar outros cineastas e escreveu o roteiro do primeiro longa-metragem do hoje cultuado Jafar Panahi, O balão branco. Em 1999, o brasileiros Leon Cakoff (falecido em 2011) e Renata Almeida o homenagearam com o documentário Volte sempre, Abbas!, filmado durante a passagem do iraniano por São Paulo.