O Plano Nacional de Preservação Audiovisual foi aprovado na 11ª Mostra de Cinema de Ouro Preto (CineOP). Elaborado pela primeira vez no Brasil, o documento estabelece diretrizes para políticas públicas relativas ao setor em todos os níveis da federação. Em discussão desde 2008, ele propõe legislação, normas técnicas profissionais e campanhas de conscientização, além da legalização das profissões de preservador e pesquisador.
Discutido em plenária da Associação Brasileira de Preservação Audiovisual, em Ouro Preto, o plano será repassado à Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura, que deve submetê-lo a consulta pública. A seguir, projeto de lei será enviado para à Câmara dos Deputados.
saiba mais
“Acervos audiovisuais se tornaram centrais na vida contemporânea”, avisa Heffner, lembrando que imagens marcam presença em celulares, salas de cinema e computadores, por exemplo. Além de constantemente ameaçado pela estrutura deficiente de conservação, esse patrimônio é pouco conhecido, reforça ele.
“Foi uma surpresa descobrirmos, durante esta edição da CineOP, que as cinco maiores redes de televisão aberta do país têm dezenas de milhares de filmes em película cujo conteúdo elas nem sequer sabem qual é”, revela Heffner. A partir dos debates realizados em Ouro Preto, ele estima que o acervo reúna “pelo menos” 100 mil rolos em película.
Durante a CineOP, encerrada na segunda-feira à noite, foi eleita a nova direção da Associação Brasileira de Preservação Audiovisual (ABPA). Carlos Roberto Rodrigues de Souza, professor de história do cinema na Universidade Federal de São Carlos, assumiu a presidência da entidade. A diretoria reúne Paloma de Melo e Silva Rocha (vice-presidente), Débora Lúcia Vieira Butruce, Alexandre Ramos Vasques, Bruno Pereira Rasga, Albertina Otávia Lacerda Malta e Mateus Nagime Barros da Silva.