Após ser demitida da cafeteria onde trabalhava, a humilde Lou Clark (Clarke) vai em busca de um novo emprego e acaba conseguindo uma vaga para cuidadora de Will Traynor (Claflin), jovem de família rica que ficou tetraplégico após ser atropelado por uma moto. Mostrando inicialmente um comportamento irascível, o rapaz acaba cedendo à simpatia da garota e se torna menos arisco com o decorrer dos dias. E, como é esperado, os dois se apaixonam.
Com alguns minutos de projeção se descobre que uma das intenções dos pais de Will era que a nova pessoa a cuidar do filho contribuísse para demover o jovem da ideia de morte assistida. Bastante ativo e atlético antes do acidente, o jovem sente-se infeliz por conta das limitações físicas.
O longa é competente e não soa excessivamente dramático, a despeito da situação complicada dos protagonistas, que precisam lidar com a questão delicada do direito à morte. Essa tema, porém, pouco abordado na ficção, também não ganha por aqui nenhum aprofundamento. Assim como não existem grandes conflitos ou uma real sensação de dificuldade enfrentada por Will; falta intensidade na atuação.
Já Emilia Clarke consegue convencer melhor, mostrando carisma e uma veia para filmes românticos. Quem é fã de 'Game of thrones' vai achar curioso os momentos em que a atriz contracena com o pai de Will, interpretado por Charles Dance, o Tywin Lannister da série da HBO. Outro rosto conhecido da TV que está por lá é Jenna Coleman, a Clara de Doctor who.
O filme acaba soando limpo demais e idealizado: cenários bonitos, rostos simpáticos, família rica etc. Mas, a despeito disso, tem momentos agradáveis e deve cativar quem gosta de histórias na linha de 'A culpa é das estrelas' (2014), 'Se eu ficar' (2014) e 'Agora e para sempre' (2012). Confira o trailer de 'Como eu era antes de você':