Amparada por estratégias de marketing dos estúdios de Hollywood, Marilyn conquistou status de musa e de objeto do desejo para a maioria dos homens da época como nenhuma outra atriz tinha alcançado até então. Ao contrário do que se acredita, foi uma posição de que Marilyn tinha consciência e da qual até se valia para alcançar seus objetivos, aponta a biógrafa Lois Banner, autora de Marilyn: The passion and the paradox (Marilyn, a paixão e o paradoxo, em tradução livre).
A postura, no entanto, contribuiu também para o fim trágico de sua vida, segundo a biógrafa. “Cheguei à conclusão de que ela ganhou o poder através da auto-objetificação, tornando-se uma deusa do sexo para os homens e, no final, foi essa postura que a destruiu”, escreveu em texto que comenta a obra. “Ela não tinha nenhuma estrutura a partir da qual pudesse ver sua opressão óbvia como uma mulher em Hollywood, uma das instituições mais patriarcais na história dos Estados Unidos”, completa.
Intimidade
Para além da animada e conhecida vida repleta de festas movidas a sexo, álcool e drogas, Marilyn exibia uma personalidade atordoada na intimidade. Muito associada à figura estereotipada e machista da “loira burra” por conta das personagens que representou, Marilyn era uma leitora ávida (gostava de autores como James Joyce, Samuel Beckett e Gustave Flaubert) e arriscava alguns escritos.
Além das notícias
O documentário especial do Lifetime investiga dois pontos relacionados a Marilyn Monroe: os relacionamentos amorosos e os mistérios sobre a morte prematura da atriz. Nesta quarta-feira (1º), às 21h10, será exibido Além das notícias — Os homens de Marilyn Monroe. Na quinta-feira (02), às 21h10, é a transmissão de Além das notícias — Quem matou Marilyn Monroe.
Especial de aniversário
Marilyn também será homenageada pelo canal Telecine Cult que exibirá o especial Happy birthday Ms. Monroe em que transmitirá duas produções eternizadas pela atriz: Os homens preferem as loiras, às 20h10, e, na sequência, às 22h, é a vez de O pecado morado ao lado.
Os segredos de Marilyn Monroe
A HBO exibirá em duas partes o telefilme The secret life of Marilyn Monroe, com direção de Laurie Collyer. A obra é baseada no livro homônimo de J. Randy Taraborelli e tem no elenco Kelli Garner (foto), como Marilyn, e Susan Sarandon, dando vida à mãe da atriz. Em 6 de junho, às 22h, a primeira parte; e a segunda, no dia 13, às 22h.
Marilyn na cultura pop
A musa também serviu de inspiração para a criação de vários personagens da cultura pop, como Laura Palmer, da série de TV Twin Peaks (1990-1991, 2017). O diretor e roteirista David Lynch cita em entrevistas que a ideia toda para o seriado partiu da vida conturbada de Marilyn. Ele queria fazer um filme sobre a personalidade da atriz, cercada de mistérios. Foi daí que surgiu a personagem central do seriado, cuja morte desencadeia vários eventos bizarros em uma pacata cidade norte-americana.
Muitos não sabe, mas até a fada Sininho, da animação Peter Pan (1953), foi em parte baseada na musa. De fato, ao se olhar os cabelos loiros e formas curvas, fica difícil não imaginar Marilyn servindo de modelo para os animadores dos estúdios Disney..