'O olho e a faca', do diretor Paulo Sacramento, é uma produção de médio porte, com orçamento de cerca de R$ 4,5 milhões. De acordo com o cineasta, há cerca de um ano, quando o dinheiro foi captado, faltava apenas um detalhe para começar as filmagens: uma plataforma de petróleo. É nela que se desenrolam 60% da trama e onde está o clímax da narrativa. A estreia está prevista para o início do ano que vem.
“Os petroleiros ficam 14 dias na plataforma e o restante do tempo em terra. Vamos comer o que eles comem, dormir nas mesmas camas, ficar lá mais ou menos o tempo que eles”, explicou o diretor. O set de filmagem – sobre o mar – exigiu de atores e equipe treinamento de salvatagem (técnicas de resgate, primeiros-socorros e ressuscitação) e para situações de emergência.
Sacramento levou meses para conseguir a autorização da empresa PetroRio para gravar numa plataforma, no litoral fluminense. “Não era uma plataforma qualquer. Queríamos uma no formato antigo, construída sobre quatro pilares. E conseguimos. As modernas são como navios gigantes, que se movem com mais agilidade de um lugar para o outro”, explicou.
O formato não foi o único empecilho para conseguir o cenário principal do filme. Na época em que a verba de produção estava disponível, o escândalo de corrupção na Petrobras se encontrava no ponto mais crítico. Segundo o diretor, as negociações foram muito complicadas, embora ele garanta que o roteiro – no qual trabalhou em parceria com Eduardo Benaim – não teve a intenção de falar sobre o escândalo indiretamente:
“O assunto corrupção não tem nada a ver com o que queríamos falar. O filme é sobre para onde as pessoas querem ir e o que querem quando atingem seus objetivos”, diz Sacramento.
Rodrigo Lombardi faz o papel principal do longa. O personagem Roberto trabalha na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, e divide seu tempo entre o mar e a família, que fica em São Paulo. Maria Luiza Mendonça faz o papel da mulher dele e os garotos Antonio Haddad e João Sabino interpretam os filhos do casal.
CONTROLE
Sacramento explica que a história de Roberto é a metáfora sobre a característica controladora do ser humano. “Ele é um cara superpragmático e controlador, que conseguiu tudo o que queria na vida até chegar à estabilidade desejada. E depois disso, o que acontece? Ele se casou, está morando num puta apartamento, tem dois filhos. De repente, a vida arma uma promoção para ele. Quando o equilíbrio é afetado, tudo começa a balançar”, diz Sacramento, que dirigiu os filmes O prisioneiro da grade de ferro (2004) e Riocorrente (2013).
“Os petroleiros ficam 14 dias na plataforma e o restante do tempo em terra. Vamos comer o que eles comem, dormir nas mesmas camas, ficar lá mais ou menos o tempo que eles”, explicou o diretor. O set de filmagem – sobre o mar – exigiu de atores e equipe treinamento de salvatagem (técnicas de resgate, primeiros-socorros e ressuscitação) e para situações de emergência.
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O formato não foi o único empecilho para conseguir o cenário principal do filme. Na época em que a verba de produção estava disponível, o escândalo de corrupção na Petrobras se encontrava no ponto mais crítico. Segundo o diretor, as negociações foram muito complicadas, embora ele garanta que o roteiro – no qual trabalhou em parceria com Eduardo Benaim – não teve a intenção de falar sobre o escândalo indiretamente:
“O assunto corrupção não tem nada a ver com o que queríamos falar. O filme é sobre para onde as pessoas querem ir e o que querem quando atingem seus objetivos”, diz Sacramento.
Rodrigo Lombardi faz o papel principal do longa. O personagem Roberto trabalha na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, e divide seu tempo entre o mar e a família, que fica em São Paulo. Maria Luiza Mendonça faz o papel da mulher dele e os garotos Antonio Haddad e João Sabino interpretam os filhos do casal.
CONTROLE
Sacramento explica que a história de Roberto é a metáfora sobre a característica controladora do ser humano. “Ele é um cara superpragmático e controlador, que conseguiu tudo o que queria na vida até chegar à estabilidade desejada. E depois disso, o que acontece? Ele se casou, está morando num puta apartamento, tem dois filhos. De repente, a vida arma uma promoção para ele. Quando o equilíbrio é afetado, tudo começa a balançar”, diz Sacramento, que dirigiu os filmes O prisioneiro da grade de ferro (2004) e Riocorrente (2013).