“O boxe é o esporte que mais rendeu filmes. Como tem dinâmica visual muito forte, atraiu fotógrafos desde o início do cinema”, comenta Philipe Ratton, que assina a curadoria do evento em parceria com Dayanne Naêssa.
O filme mais antigo da mostra é o curta Campeão de boxe (1915), de Charles Chaplin, em que o vagabundo desafia um lutador profissional (e, invariavelmente, passa a perna dele). Outro ícone do cinema mudo, Buster Keaton dirige e estrela a comédia Boxe por amor (1926), em que se passa por lutador para impressionar os pais da garota por quem se apaixonou.
Outros nomes históricos prestaram as devidas homenagens ao esporte. Stanley Kubrick, por exemplo, dirigiu A morte passou perto (1955), sobre um lutador que se envolve numa briga de morte com o ex-amante de sua namorada. Ele assinou também o documentário Day of the fight (1951), sobre o boxeador Walter Cartier.
O título da mostra se inspirou na trajetória histórica do boxe. “A nobre arte é citada na República, de Platão, e na Ilíada, de Homero. Era uma prática de jovens da nobreza.
Da produção mais atual, serão exibidos de Rocky: um lutador (1976), de John G. Avildsen, vencedor de três Oscar que lançou Sylvester Stallone, a Touro indomável (1980). Também “oscarizado”, esse filme de Martin Scorsese, protagonizado por Robert de Niro, é uma das mais importantes (e duras) narrativas sobre o esporte.
“Houve grande evolução estética, até no sentido da mise-en-scène. A representação vai se tornando mais realista”, acrescenta Ratton. Da produção mais contemporânea, destacam-se O vencedor, de David O. Russell (2010), e Menina de ouro (2004), de Clint Eastwood. (MP)
A NOBRE ARTE
» Nesta segunda-feira
17h – A trágica farsa,
de Mark Robson (1956)
19h – Rocky: um lutador,
de John G. Avildsen (1976)
21h15 – O campeão,
de King Vidor (1931)
• Programação completa: www.fcs.mg.gov.br.
Cine Humberto Mauro. Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro.