Quando Leonardo DiCaprio, Jennifer Lawrence, Matt Damon e os outros indicados ao Óscar encontrarem sua cesta de presentes, alguns deles vão diverti-los, outros vão constrangê-los, enquanto o presente de Israel os levará, provavelmente, à reflexão.
Para promover a imagem do país, Israel decidiu contribuir de maneira especial ao luxuoso conjunto de presentes oferecidos por uma empresa americana privada aos indicados nas principais categorias do Oscar.
Kate Winslet ou Sylvester Stallone poderão, por exemplo, aproveitar uma viagem personalizada para Israel, com passagens na primeira classe e alojamento em hotéis de luxo, num valor total de US$ 55 mil dólares.
Mas nem todo mundo aprecia esta iniciativa: os defensores da causa palestinas pediram para as estrelas de cinema que não participem do que eles denunciam como uma campanha publicitária de uma potência invasora.
Segundo a imprensa especializada, os presentes, num total de US$ 200 mil, inclui um tratamento para embelezamento dos seios, um sextoy, papel higiênico de luxo...
A Academia, que concede o Oscar, não tem nada a ver com esta cesta de presentes, elaborada pela empresa de marketing Distinctive Assets através de contribuições das marcas.
Bom plano A Academia anunciou justamente que denunciará a empresa Distinctive Asset na justiça por criar a falsa ideia de que está relacionada ao Oscar.
Antes de tornar pública esta denúncia, o governo israelense decidiu aproveitar o protagonismo dos atores para mostrar a verdadeira Israel, segundo o ministério do Turismo do país.
Sam Gee, fundador da agência exploreisrael.com, que teve a ideia de fazer este presente, diz que o objetivo é trazer "as pessoas de influência" para Israel.
"O Oscar é um bom plano, porque não há muitos candidatos, o que nos permite oferecer uma viagem realmente luxuosa", enquanto que no Grammy, o equivalente musical do Oscar, seriam necessários 150 presentes.
"Cada uma (destas estrelas) tem potencialmente milhões de seguidores. Cada um deles, se nos visitar, pode enviar um selfie e o impacto será enorme", afirma à AFP Amir Halevy, diretor-geral do ministério do Turismo.
Esta batalha para conquistar os famosos não é nova. Quando Kim Kardashian e Kanye West viajaram a Israel em 2015, o prefeito de Jerusalém, Nir Barkat, teria pedido para que se tornassem embaixadores da cidade e proclamassem que "todos são bem vindos em Jerusalém."
Uma declaração polêmica, uma vez que Israel anexou Jerusalém Oriental e considera toda a cidade como a sua capital, enquanto os palestinos desejam fazer de Jerusalém Oriental a capital do Estado ao qual aspiram.
Dupla vertente O ativista palestino Omar Barghouti diz que Israel teme cada vez mais os efeitos da campanha de boicote internacional que ele co-fundou.
"Israel tem intensificado seus esforços para tentar subornar, intimidar ou forçar celebridades a se alinharem às suas posições", declarou à AFP.
Para os palestinos, este tipo de operações de publicidade são mal vistas quando sua própria vida cultural sofre com as restrições impostas por Israel. Um artista de circo, por exemplo, está atualmente detido sem acusação.
Esta iniciativa de Israel tem, no entanto, uma dupla vertente.
Mark Ruffalo e Mark Rylance, dois dos indicados ao Oscar deste ano, já expressaram publicamente as suas posições críticas à política de Israel.
Mike Leigh e Ken Loach, grandes cineastas britânicos, pediram aos indicados que ofereçam seus presentes aos refugiados palestinos.
"Se as celebridades fizeram publicamente antes, durante ou após a sua visita, comentários negativos, isso pode ter um impacto negativo", adverte Margaret Campbell, uma universitária que analisou os riscos potenciais de tirar proveito da fama das estrelas de cinema.
Para os famosos, é difícil evitar as armadilhas do conflito entre israelenses e palestinos.
Há poucos dias, fãs palestinos do jogador Cristiano Ronaldo lamentaram o fato de o atleta ter aparecido em um comercial de uma empresa israelense.
Para promover a imagem do país, Israel decidiu contribuir de maneira especial ao luxuoso conjunto de presentes oferecidos por uma empresa americana privada aos indicados nas principais categorias do Oscar.
Kate Winslet ou Sylvester Stallone poderão, por exemplo, aproveitar uma viagem personalizada para Israel, com passagens na primeira classe e alojamento em hotéis de luxo, num valor total de US$ 55 mil dólares.
Mas nem todo mundo aprecia esta iniciativa: os defensores da causa palestinas pediram para as estrelas de cinema que não participem do que eles denunciam como uma campanha publicitária de uma potência invasora.
Segundo a imprensa especializada, os presentes, num total de US$ 200 mil, inclui um tratamento para embelezamento dos seios, um sextoy, papel higiênico de luxo...
A Academia, que concede o Oscar, não tem nada a ver com esta cesta de presentes, elaborada pela empresa de marketing Distinctive Assets através de contribuições das marcas.
Bom plano A Academia anunciou justamente que denunciará a empresa Distinctive Asset na justiça por criar a falsa ideia de que está relacionada ao Oscar.
Antes de tornar pública esta denúncia, o governo israelense decidiu aproveitar o protagonismo dos atores para mostrar a verdadeira Israel, segundo o ministério do Turismo do país.
Sam Gee, fundador da agência exploreisrael.com, que teve a ideia de fazer este presente, diz que o objetivo é trazer "as pessoas de influência" para Israel.
"O Oscar é um bom plano, porque não há muitos candidatos, o que nos permite oferecer uma viagem realmente luxuosa", enquanto que no Grammy, o equivalente musical do Oscar, seriam necessários 150 presentes.
"Cada uma (destas estrelas) tem potencialmente milhões de seguidores. Cada um deles, se nos visitar, pode enviar um selfie e o impacto será enorme", afirma à AFP Amir Halevy, diretor-geral do ministério do Turismo.
Esta batalha para conquistar os famosos não é nova. Quando Kim Kardashian e Kanye West viajaram a Israel em 2015, o prefeito de Jerusalém, Nir Barkat, teria pedido para que se tornassem embaixadores da cidade e proclamassem que "todos são bem vindos em Jerusalém."
Uma declaração polêmica, uma vez que Israel anexou Jerusalém Oriental e considera toda a cidade como a sua capital, enquanto os palestinos desejam fazer de Jerusalém Oriental a capital do Estado ao qual aspiram.
Dupla vertente O ativista palestino Omar Barghouti diz que Israel teme cada vez mais os efeitos da campanha de boicote internacional que ele co-fundou.
"Israel tem intensificado seus esforços para tentar subornar, intimidar ou forçar celebridades a se alinharem às suas posições", declarou à AFP.
Para os palestinos, este tipo de operações de publicidade são mal vistas quando sua própria vida cultural sofre com as restrições impostas por Israel. Um artista de circo, por exemplo, está atualmente detido sem acusação.
Esta iniciativa de Israel tem, no entanto, uma dupla vertente.
Mark Ruffalo e Mark Rylance, dois dos indicados ao Oscar deste ano, já expressaram publicamente as suas posições críticas à política de Israel.
Mike Leigh e Ken Loach, grandes cineastas britânicos, pediram aos indicados que ofereçam seus presentes aos refugiados palestinos.
"Se as celebridades fizeram publicamente antes, durante ou após a sua visita, comentários negativos, isso pode ter um impacto negativo", adverte Margaret Campbell, uma universitária que analisou os riscos potenciais de tirar proveito da fama das estrelas de cinema.
Para os famosos, é difícil evitar as armadilhas do conflito entre israelenses e palestinos.
Há poucos dias, fãs palestinos do jogador Cristiano Ronaldo lamentaram o fato de o atleta ter aparecido em um comercial de uma empresa israelense.