Indicado ao Oscar de melhor ator coadjuvante por "Creed - Nascido para lutar", Sylvester Stallone teve dúvidas se deveria ou não boicotar a cerimônia de premiação, marcada para o próximo dia 28 de fevereiro. Ele venceu o Globo de Ouro pelo papel de Rocky Balboa no filme de Ryan Coogler e é considerado favorito na disputa pelo Oscar.
Embora vista como merecida, a indicação de Stallone acrescentou combustível à polêmica racial que domina essa edição do Oscar. Coogler, que escreveu e dirigiu "Creed", é um artista negro, assim como o protagonista do longa, Michal B. Jordan (Adonis Creed). A ideia do boicote ao Oscar surgiu em protesto à ausência de artistas negros entre os indicados.
Stallone só decidiu ir à cerimônia depois de consultar Coogler, segundo contou em entrevista ao jornal "The New York Times". "Eu realmente queria ter a opinião dele (Coogler) sobre que comportamento ele achava que eu deveria ter. Ele disse: você deveria ir. Divirta-se e represente o filme", afirmou.
O diretor disse ao diário norte-americano que estava feliz por Stallone. "Qualquer coisa boa que aconteça com ele me faz rir de orelha a orelha", afirmou, evitando comentar a convocação do boicote. A indicação de Stallone a melhor ator coadjuvante foi a única obtida por "Creed". No longa, Adonis Creed, filho do falecido lutador Apollo Creed, procura Rocky Balboa, aposentado dos ringues e dono de um restaurante de comida italiana na Filadélfia, com a proposta de que ele se torne seu treinador de boxe.
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