Com Tiradentes (MG) recebendo menos turistas do que de costume, quem chama a atenção nas ruas é o público que se deslocou até a cidade histórica exatamente para participar da mostra de cinema. A estudante de comunicação Kellen Correa, de 20 anos, veio pela primeira vez ao festival. Ela é de Três Pontas (MG) e chegou um dia antes do início do evento para curtir a cidade, trilhas, barzinhos e museus. Para ela, a mostra oferece um ambiente que permite integrar diversão e arte. “Meu interesse é o cinema como objeto de estudo e reflexão”, contou ela, na fila de concorrido debate com o diretor Andrea Tonacci, neste sábado. Ele é o homenageado especial desta 19ª edição do evento.
O diálogo entre público, crítica e realizadores é tradição na Mostra de Tiradentes. Todos os dias, na parte da manhã, é realizado um debate com a presença de um diretor e um crítico. “São pontos de vista diferentes, esse diálogo enriquece”, observa o crítico José Geraldo Couto, dizendo que raras vezes as três instâncias conversam. Ele acrescenta um aspecto particularmente importante: o fato de a mostra se voltar para o “cinema de invenção”. Isto é: “A produção que busca novas formas estéticas. No Brasil, são poucos os eventos de cinema que afirmam esse aspecto de forma tão clara”, destaca Couto, reforçando a singularidade do festival mineiro.
“Tiradentes tem curadoria e proposta, mas é ampla, não só para especialistas. E por isso atrai público fiel, leigo. Permite uma visão panorâmica do cinema brasileiro”, explica a estudante Kellen Correa. O paulista Rogério Freitas, de 24, estudante de filosofia, veio à mostra pela segunda vez. Na primeira, um filme dele foi projetado. “Venho porque é um lugar que exibe filmes como o meu: de jovens iniciantes, produções de baixo orçamento, com novas propostas”, explica. Ele valoriza também os seminários. “É bom conhecer o que está sendo feito e pensado sobre cinema”, elogia.
O carioca José Carlos Farias, de 64, funcionário aposentado da Defensoria Pública da União, está em Tiradentes pela terceira vez. Pela primeira, acompanha o festival. O gosto pelo cinema foi reforçado depois de ele fazer uma oficina, no Rio de Janeiro, e ter o filme Testemunha ocular da história rodado com dois colegas premiado na mostra fluminense Arquivo em Cartaz. “Tiradentes é cidade de uma beleza cinematográfica”, afirma. Farias valoriza os seminários por eles oferecerem compreensão das perspectivas do cinema no Brasil. E também destaca as oficinas. “Elas instrumentalizam quem quer fazer cinema”, observa, revelando que está decidido a iniciar a carreira de cineasta.
Em tempo: os seminários e debates estão em alta em Tiradentes. Por isso, é preciso pegar senha, porque a sala onde são realizados tem 120 lugares. Outra opção é assistir à transmissão deles no espaço externo do Cine-Teatro Sesi.
DOMINGO, 24/1
Cine-teatro Sesi
11h45 – Encontro com a crítica, diretor e público.
13h – Lançamento de livros.
17h – Bang-Bang, filme de Andrea Tonacci.
Mostra Praça
21h - Campo Grande, filme de Sandra Kogut
Cine Tenda
15h, 17h e 18h30 – Curtas-metragens.
20h e 22h – Longas: Jonas, de Lô Politi; Quase memória, de Ruy Guerra.
O diálogo entre público, crítica e realizadores é tradição na Mostra de Tiradentes. Todos os dias, na parte da manhã, é realizado um debate com a presença de um diretor e um crítico. “São pontos de vista diferentes, esse diálogo enriquece”, observa o crítico José Geraldo Couto, dizendo que raras vezes as três instâncias conversam. Ele acrescenta um aspecto particularmente importante: o fato de a mostra se voltar para o “cinema de invenção”. Isto é: “A produção que busca novas formas estéticas. No Brasil, são poucos os eventos de cinema que afirmam esse aspecto de forma tão clara”, destaca Couto, reforçando a singularidade do festival mineiro.
“Tiradentes tem curadoria e proposta, mas é ampla, não só para especialistas. E por isso atrai público fiel, leigo. Permite uma visão panorâmica do cinema brasileiro”, explica a estudante Kellen Correa. O paulista Rogério Freitas, de 24, estudante de filosofia, veio à mostra pela segunda vez. Na primeira, um filme dele foi projetado. “Venho porque é um lugar que exibe filmes como o meu: de jovens iniciantes, produções de baixo orçamento, com novas propostas”, explica. Ele valoriza também os seminários. “É bom conhecer o que está sendo feito e pensado sobre cinema”, elogia.
O carioca José Carlos Farias, de 64, funcionário aposentado da Defensoria Pública da União, está em Tiradentes pela terceira vez. Pela primeira, acompanha o festival. O gosto pelo cinema foi reforçado depois de ele fazer uma oficina, no Rio de Janeiro, e ter o filme Testemunha ocular da história rodado com dois colegas premiado na mostra fluminense Arquivo em Cartaz. “Tiradentes é cidade de uma beleza cinematográfica”, afirma. Farias valoriza os seminários por eles oferecerem compreensão das perspectivas do cinema no Brasil. E também destaca as oficinas. “Elas instrumentalizam quem quer fazer cinema”, observa, revelando que está decidido a iniciar a carreira de cineasta.
Em tempo: os seminários e debates estão em alta em Tiradentes. Por isso, é preciso pegar senha, porque a sala onde são realizados tem 120 lugares. Outra opção é assistir à transmissão deles no espaço externo do Cine-Teatro Sesi.
DOMINGO, 24/1
Cine-teatro Sesi
11h45 – Encontro com a crítica, diretor e público.
13h – Lançamento de livros.
17h – Bang-Bang, filme de Andrea Tonacci.
Mostra Praça
21h - Campo Grande, filme de Sandra Kogut
Cine Tenda
15h, 17h e 18h30 – Curtas-metragens.
20h e 22h – Longas: Jonas, de Lô Politi; Quase memória, de Ruy Guerra.