Um ano mais tarde, ela está de volta. Depois de deixar Berlim, em fevereiro de 2015, com dois prêmios na mais importante mostra paralela do festival pelo filme Que horas ela volta?, a cineasta paulista Anna Muylaert emplacou um novo longa no evento.
Filmado em 2014, Mãe só há uma foi selecionado para a mostra Panorama do Festival de Berlim, que será realizado de 11 a 21 de fevereiro.
“Olha, é tudo muito louco, já que não sei como consegui fazer esse filme. Foi meio no susto, é uma produção bem menor, de adolescente. Que horas ela volta? era mais popular, este é mais provocativo”, afirma a diretora.
A narrativa é centrada em Pierre, jovem de classe média com um cotidiano comum entre a escola, os amigos e sua banda de rock. Certo dia, a polícia chega em sua casa e a vida muda radicalmente. Exame de DNA comprova que Pierre não é filho daquela que julgava ser sua mãe. A mulher é presa. O garoto se vê forçado a trocar de mãe, de casa, de escola e de nome. Passa a ser chamado Felipe. Mas isso é só uma parte das mudanças.
“É um filme sobre identidade. Depois de trocar de nome e de família, ele acaba entrando na questão da troca de gênero”, continua Anna. O protagonista, selecionado por teste, é Naomi Nero, de 17 anos, sobrinho do ator Alexandre Nero. “Ele tem um irmão transgênero, então conhece muito do assunto”, explica a cineasta.
Matheus Nachtergaele interpreta o pai do protagonista e Dani Nefussi, as duas mães do garoto. Anna rodou Mãe só há uma em 2014, enquanto finalizava Que horas ela volta?. “Durante as viagens (do filme anterior) é que montei o filme.” A nova produção é bem menor do que a anterior: enquanto o longa protagonizado por Regina Casé custou R$ 4 milhões, o novo filme teve orçamento de R$ 1,8 milhão.
“São dois filmes completamente diferentes, mas o sucesso do anterior facilitou muito a entrada deste (em Berlim). Só que a expectativa é outra”, diz ela.
AMAZONAS
A mostra Panorama ainda selecionou outros brasileiros: a ficção amazonense Antes o tempo não acabava, de Sérgio Andrade e Fábio Baldo, e o documentário Curumim, de Marcos Prado, sócio de José Padilha e diretor do premiado Estamira.
A presença brasileira será marcada também por um curta, Das águas que passam, de Diego Zon, e Zona Norte, de Monika Treut, produção alemã filmada no Rio de Janeiro.
Filmado em 2014, Mãe só há uma foi selecionado para a mostra Panorama do Festival de Berlim, que será realizado de 11 a 21 de fevereiro.
“Olha, é tudo muito louco, já que não sei como consegui fazer esse filme. Foi meio no susto, é uma produção bem menor, de adolescente. Que horas ela volta? era mais popular, este é mais provocativo”, afirma a diretora.
A narrativa é centrada em Pierre, jovem de classe média com um cotidiano comum entre a escola, os amigos e sua banda de rock. Certo dia, a polícia chega em sua casa e a vida muda radicalmente. Exame de DNA comprova que Pierre não é filho daquela que julgava ser sua mãe. A mulher é presa. O garoto se vê forçado a trocar de mãe, de casa, de escola e de nome. Passa a ser chamado Felipe. Mas isso é só uma parte das mudanças.
“É um filme sobre identidade. Depois de trocar de nome e de família, ele acaba entrando na questão da troca de gênero”, continua Anna. O protagonista, selecionado por teste, é Naomi Nero, de 17 anos, sobrinho do ator Alexandre Nero. “Ele tem um irmão transgênero, então conhece muito do assunto”, explica a cineasta.
Matheus Nachtergaele interpreta o pai do protagonista e Dani Nefussi, as duas mães do garoto. Anna rodou Mãe só há uma em 2014, enquanto finalizava Que horas ela volta?. “Durante as viagens (do filme anterior) é que montei o filme.” A nova produção é bem menor do que a anterior: enquanto o longa protagonizado por Regina Casé custou R$ 4 milhões, o novo filme teve orçamento de R$ 1,8 milhão.
“São dois filmes completamente diferentes, mas o sucesso do anterior facilitou muito a entrada deste (em Berlim). Só que a expectativa é outra”, diz ela.
AMAZONAS
A mostra Panorama ainda selecionou outros brasileiros: a ficção amazonense Antes o tempo não acabava, de Sérgio Andrade e Fábio Baldo, e o documentário Curumim, de Marcos Prado, sócio de José Padilha e diretor do premiado Estamira.
A presença brasileira será marcada também por um curta, Das águas que passam, de Diego Zon, e Zona Norte, de Monika Treut, produção alemã filmada no Rio de Janeiro.