O Mumia, que exibe 203 trabalhos entre curtas e longas, vai além do Humberto Mauro. Até o dia 19, outros espaços da cidade (Sesc Palladium, Biblioteca Pública Luiz de Bessa, entre outros) promovem, além de exibições de animações, também oficinas e exposição de cartazes. O destaque desta edição vai para a produção francesa, realizada com apoio da Aliança Francesa.
“Estamos exibindo 11 longas-metragens, fato inédito em toda a história da Mumia, pois antes exibíamos apenas um longa a cada edição. Fora isso, exibiremos curtas premiados com destaque para nomes consagrados como Michel Ocelot e Kontantin Bronzit. Estamos alinhados com a Conferência do Clima (COP-21, que vai até o dia 11 em Paris), tanto que teremos um dia com filmes centrados na questão ambiental com debate com movimentos ambientalistas de BH (10 de dezembro, no Sesc Palladium)”, comenta Sávio Leite, idealizador da mostra.
O quadro (2011), que abre a programação, é o longa mais recente de Laguionie. Trata da luta por igualdade a partir da história de três grupos de personagens que vivem em um quadro inacabado. Os que estão completamente pintados se sentem superiores àqueles que foram apenas esboçados. Além da produção francesa, serão apresentadas mostras já tradicionais no evento: mineira, nacional, internacional e juvenil.
MINEIRÃO Mais enxuto, o Cinefoot exibe três longas e 13 curtas, nacionais e internacionais, sobre futebol. Realizado em BH a partir de 2013 (teve início durante a Copa das Confederações), o festival, que tem versões em outras capitais, vem crescendo consideravelmente. “Neste ano, recebemos mais de 300 filmes inscritos”, comenta Daniela Fernandes, que coordena a versão mineira do evento. O Mineirão foi escolhido para sediá-lo por causa de seu cinquentenário. “Queremos ver se conseguimos montar uma tela gigante dentro de estádio para a edição de 2016. A ideia é fazer um Mineirão Open Air”, diz.
A explosão de O dia do Galo nos cinemas de BH (lembrando que a première do longa de Cris Azzi foi na edição de 2014 do Cinefoot) só comprovou o apelo que o tema tem. Agora, há alguns filmes com cenário mineiro. O curta Guerra de gigantes, de Beto Magalhães e Anna Flávia Salles, que será exibido quinta, às 19h, trata de duas partidas antológicas: Inglaterra e EUA, em 1950, no Independência, que deu uma inesperada vitória aos norte-americanos, e o fatídico 7X1 da Alemanha sobre o Brasil, 64 anos mais tarde, no Mineirão Já na sexta, às 11h, na chamada Mostra Minas, serão apresentados o curta Futebol e sonhos, de Sérgio Vilaça e Fábio César, sobre os times infantis da Barragem Santa Lúcia, e o longa URT – Mais que um time, uma paixão, de Raphael Dylan, sobre a campanha que a União Recreativa dos Trabalhadores, de Patos de Minas, fez em 2013 para subir para o módulo 1 do Campeonato Mineiro.
Além das exibições, o Cinefoot vai promover debates e um tour pelo estádio. A visita ao Mineirão, às 10h de sábado, terá como guias o ex-jogador e ex-técnico Procópio Cardoso Neto e o narrador Alberto Rodrigues.
CINEFOOT
De quinta a sábado, no Mineirão, Avenida Antônio Abrahão Caram, 1.001, Pampulha. Entrada franca. A programação está disponível no site www.cinefoot.org
MUMIA
Abertura hoje, no Cine Humberto Mauro, Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro. O evento vai até o dia 19/12 em diversos espaços da cidade. Entrada franca. A programação está disponível no blog mostramumia.blogspot.com.br