Acompanhado pelo ator Tim Roth, que trabalha com Tarantino pela quarta vez, o cineasta concedeu sua primeira entrevista sobre o filme nesta segunda, 23. Eram 150 jornalistas brasileiros e latino-americanos. "Estou nesse trabalho há 20 anos. Estou muito empolgado, mas como é a primeira entrevista, a gente ainda não tem as respostas na ponta da língua", brincou ele.
Tarantino comentou sobre a primeira vinda ao Brasil, quando participou da Mostra de Cinema de São Paulo. "Eu não tinha um centavo e depois de Sundance (onde Cães de aluguel teve première) eu comecei a viajar pelo mundo para todos os festivais. Fiz três continentes em um ano. Estava vivendo o sonho.
Os oito odiados é também o antepenúltimo filme de Tarantino. Como ele já afirmou várias vezes, voltou a dizer na entrevista que vai parar de fazer filmes assim que chegar ao décimo. Disse ainda que gostaria de dirigir Kate Winslet. "Se eu precisasse escolher uma atriz, seria ela". Outro nome que não sai do radar do diretor é Johnny Depp. "Mas eu precisaria escrever o personagem certo para ele."
Alvo de críticas de Spike Lee, que na época do lançamento de Django livre (2012) disse que "a escravidão não é um western spaghetti, é um holocausto e é desrespeitoso com meus ancestrais", Tarantino, quando provocado, falou que nunca faria um filme com Spike Lee. "Só tenho dois filmes mais para fazer. Não vou desperdiçá-los com Spike Lee."
Os oito odiados será o lançamento de maior porte de um filme de Tarantino no Brasil.
A repórter viajou a convite da Diamond Films
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