Baseado em fatos, o filme, que estreia hoje nos cinemas, recupera duas décadas de atuação da máfia em Boston, onde Whitey era líder absoluto entre 1970 e 1980. Irmão do senador Billy Bulger, interpretado por Benedict Cumberbatch, ele aceitou ser informante do FBI. Usou a proteção do órgão de segurança para expandir a área de atuação. Sob a alegação de lealdade ao amigo de infância, Whitey contou com a “ajuda” do arrogante investigador John Connolly (Joel Edgerton).
O longa dirigido por Scott Cooper (foi ator em Austin Powers – O agente Bond cama) segue à risca o manual do filme de gângster. Mortes a sangue-frio, ameaças e articulações. No entanto, Aliança do crime é uma obra construída em camadas.
Johnny Depp faz o que pode para reforçar a fama de mau de Whitey. Está de parabéns pela atuação, mas a caracterização do personagem é exagerada demais. Whitey era careca e tinha olhos azuis. A versão dele na ficção fica parecendo um vampiro de tanta maquiagem. Como o irmão do protagonista, Benedict Cumberbatch (vencedor do Oscar por O jogo da imitação) cumpre o protocolo.
Além de poucas, as mulheres no elenco são insignificantes para a trama. Respectivamente, como namorada e mulher de Whitey e Connely, Dakota Johnson (Cinquenta tons de cinza) e Julianne Nicholson (Álbum de família) contribuem pouco. Nem no quesito emoção..