Ainda sem previsão de estreia, o filme que contará a história de Lola Benvenutti – cujo verdadeiro nome é Gabriela Silva –, subveterá padrões no quesito sexualidade. Escritora, Lola chamou a atenção por ser formada em letras e se prostituir por prazer. Autora de O prazer é todo nosso (Mosarte, 2014), Benvenutti foi apontada como a nova Bruna Surfistinha (pseudônimo de Raquel Pacheco, escritora e DJ, ex-prostituta e ex-atriz de filmes pornográficos).
Mas ela rechaça as comparações. “Não tive problemas com drogas nem com a família. Não vejo a prostituição como um caminho de degradação. Pelo contrário, foi uma maneira de apropriar do meu corpo, da minha felicidade”, afirma a escritora, que se considera feminista por transar sem se tornar um mero objeto de realização sexual masculina.
Para Lola, a sociedade vive um bom momento quanto o assunto é a liberação sexual feminina. Mas ainda há muito o que avançar em aspectos pouco explorados da indústria cultural. Ela critica, por exemplo, as produções pornográficas. "É muito triste ver como as meninas são obrigadas a fazer coisas nas telas que vendem uma imagem de um homem dominando a mulher. Isso é abuso sexual", lamenta.