Mas ela rechaça as comparações. “Não tive problemas com drogas nem com a família. Não vejo a prostituição como um caminho de degradação. Pelo contrário, foi uma maneira de apropriar do meu corpo, da minha felicidade”, afirma a escritora, que se considera feminista por transar sem se tornar um mero objeto de realização sexual masculina.
Para Lola, a sociedade vive um bom momento quanto o assunto é a liberação sexual feminina. Mas ainda há muito o que avançar em aspectos pouco explorados da indústria cultural. Ela critica, por exemplo, as produções pornográficas. "É muito triste ver como as meninas são obrigadas a fazer coisas nas telas que vendem uma imagem de um homem dominando a mulher. Isso é abuso sexual", lamenta.
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