'Pardais', longa do islandês Runar Rúnarsson ganhou prêmio de melhor filme e roteiro - Foto: Mostra SP / Divulgação
Foi uma bela Mostra e o Troféu Bandeira Paulista, criado pela artista Tomie Ohtake, foi para...
Pardais! O longa do islandês Runar Rúnarsson, coproduzido por Dinamarca e Croácia, obteve críticas mistas, mas agradou em cheio ao júri. Aborda a relação de um garoto com o pai. Apesar de a premiação da 39ª edição do evento ter-se realizado na quarta-feira, 4, ela ainda não terminou. Pela primeira vez, a Mostra desembarca no Rio, com uma versão reduzida, mas não menos importante. Para os cariocas, a abertura com As mil e uma noites – O inquieto, terá até a presença do diretor Miguel Gomes, para encontro com o público após a sessão inaugural.
No filme vencedor, Ari mora com a mãe, mas viaja ao encontro do pai numa região distante da Islândia. O tempo passou e criou-se uma distância entre eles. Ari sente-se deslocado.
Os antigos amigos, a paisagem, nada lhe é confortável. E é por meio desse estranhamento que o diretor quer aprofundar sua investigação da adolescência como rito de passagem. Muito bem interpretado – pelo jovem Atli Oskar Fjalarsson -, o filme também foi premiado pelo júri na categoria roteiro.
Lázaro Ramos é um educador em 'Tudo que aprendemos juntos', novo filme de Sérgio Machado - Foto: Bia LefevreO júri também outorgou uma menção para
Carta Branca, de Jacek Lusinski, da Polônia, sobre professor que está perdendo a visão e tenta esconder o fato dos alunos e da direção da escola. Os prêmios de público foram para
Sabor da Vida, de Naomi Kawase, como melhor ficção internacional;
Tudo que aprendemos juntos, de Sérgio Machado, melhor ficção nacional;
Pixadores, de Amir Escandari, da Finlândia, melhor documentário internacional; e
Monstros do ringue, de Marc Dourdin, melhor documentário brasileiro.
A Mostra também outorgou o prêmio Juventude, escolhido pelos jovens, como parte do programação de formação de público. Venceram
Beatles, de Peter Flinth, da Noruega (ficção internacional), e
Califórnia, de Marina Person (ficção nacional). O prêmio da crítica foi para Os Campos Voltarão, de Ermanno Olimi, da Itália, "pela maestria com que o diretor orquestra som, tempo e natureza na composição de seu relato, e pela serenidade com que ele, inspirando-se em experiências de seu pai durante a 1ª Grande Guerra, reflete sobre a guerra como momento de ruptura da experiência humana, mas sem perder a esperança, o que é muito importante". .