O ator britânico Eddie Redmayne, vencedor do Oscar por sua interpretação do físico Stephen Hawking, dá vida a uma pioneira das operações de mudança de sexo em "A garota dinamarquesa", um dos filmes mais esperados da Mostra de Veneza.
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Para Einar, o momento é uma revelação, a chave de uma porta que, após aberta, começa a tomar a identidade de Lili de uma maneira tão forte que resulta ser a verdadeira expressão de sua identidade.
"Lili foi muito valente em seu combate para se tornar ela mesma", explicou Hooper em coletiva de imprensa em Veneza, onde o filme recebeu aplausos calorosos. A descoberta desta identidade, que passa primeiramente pelo jogo, desestabiliza o casal, mas não o destrói.
'Uma grande história de amor' - "O filme é, antes de tudo, uma grande história de amor, única e passional", resumiu Eddie Redmayne, cuja interpretação rendeu elogios.
Para a atriz sueca, é "admirável" o amor "incondicional" de Gerda pelo marido, "acima de tudo o que existe". "É um filme sobre a inclusão", explicou Hooper, que transformou algumas cenas em verdadeiros quadros de coles incríveis. "A única forma de possibilitar essa inclusão é através da compaixão e do amor".
O diretor, questionado por sua decisão de não dar o papel principal a um ator transgênero, explicou que Redmayne foi uma "escolha instintiva" e que o ator aceitou participar do filme antes de interpretar Hawking em "A Teoria de Tudo". "Acredito realmente que existe algo em Eddie que o empurra para o feminino. Havia algo que me parecia interessante explorar e também tinha que levar em conta que, durante dois terços do filme, Lili aparece como um homem", explicou.
O ator britânico reconheceu que o papel o impressionou tanto quanto o do físico (que sofre de esclerose lateral amiotrófica, ndlr) e precisou de uma impressionante transformação física. "É o melhor roteiro que já recebi e interpretar esse papel foi como um sonho", disse.