Incensado na Semana da Crítica do Festival de Cannes, 'Corrente do mal' é, de fato, competente naquilo que deveria ser premissa básica de todo filme que se diz de terror: construir o medo no espectador. Mas, aqui, não há nenhum apelo à tecnologia ou ao susto gratuito. É por isso que o longa tem sido apontado pela crítica internacional como um dos melhores do gênero lançados na última década.
Ela se recusa a fazer parte da corrente e conta com a ajuda de quatro amigos para se livrar da maldição. O jovem elenco, formado principalmente por rostos ainda pouco conhecidos em Hollywood, é homogêneo. A trilha sonora composta por Rich Vreeland é equilibrada, fundamental para pontuar a emoção de cada cena.
Apesar de tratar o sexo como elemento-chave do roteiro, Corrente do mal é bastante assexuado. As cenas de transa são insípidas. A nudez, quando há, passa longe da sensualidade. Os personagens chegam a se cobrir durante o ato, o que não deixa de ser inusitado – e repressor – para um filme que tem o sexo como chaga.
A câmera de Mitchell, pelos enquadramentos escolhidos, passa a sensação de que todos ali estão sendo observados. Como todo bom terror psicológico, a tensão está no vazio, o que é mais angustiante.
Escrito e dirigido por David Robert Mitchell, cria uma maldição ligada à sexualidade que, metaforicamente, se conecta com a sociedade de hoje. Toda a trama gira em torno de um mal que é transmitido de um ser humano para outro, e assim forma-se a corrente. É uma analogia das doenças sexualmente transmissíveis.
'Corrente do mal' flerta abertamente com a produção do gênero feita nos anos 1970 e 1980. É terror psicológico de categoria, cuja tensão está naquilo que não é obvio.
Ela se recusa a fazer parte da corrente e conta com a ajuda de quatro amigos para se livrar da maldição. O jovem elenco, formado principalmente por rostos ainda pouco conhecidos em Hollywood, é homogêneo. A trilha sonora composta por Rich Vreeland é equilibrada, fundamental para pontuar a emoção de cada cena.
Apesar de tratar o sexo como elemento-chave do roteiro, Corrente do mal é bastante assexuado. As cenas de transa são insípidas. A nudez, quando há, passa longe da sensualidade. Os personagens chegam a se cobrir durante o ato, o que não deixa de ser inusitado – e repressor – para um filme que tem o sexo como chaga.
A câmera de Mitchell, pelos enquadramentos escolhidos, passa a sensação de que todos ali estão sendo observados. Como todo bom terror psicológico, a tensão está no vazio, o que é mais angustiante.