Nas prateleiras das livrarias, é inegável a força de 'O Pequeno Príncipe'. Levar história tão emblemática para o cinema traz implícito o maior desafio de qualquer adaptação: superar a imaginação do leitor. Impossível. Assim, é natural que a versão dirigida pelo cineasta Mark Osborne (Kung Fu Panda), em cartaz em BH, não seja capaz de gerar tanto encantamento. Haverá sempre uma comparação a assombrar.
Quando as duas se mudam para a vizinhança da futura escola, a criança passa a conviver com um senhor malucão. O aviador é tal e qual aquele que o Pequeno Príncipe do livro encontrou no deserto. O velho apresenta à garota o universo do menino morador de um asteroide e seus ensinamentos básicos: dar asas à imaginação e ser verdadeiro consigo mesmo.
Como se trata de uma história dentro da outra, Osborne optou por usar várias técnicas – e acertou. A trama do presente se desenvolve em animação digital – mais convencional, podemos dizer. Já o Pequeno Príncipe, a rosa, a raposa (ótima) e personagens moradores do asteroide surgem em stop motion. É estética bem mais onírica e, dessa forma, uma forma de o filme construir o seu próprio altar para o clássico de Saint-Exupéry.
Se o visual é surpreendente, o roteiro nem tanto. Estão ditas, claro (e ai se isso não ocorresse), as frases mais conhecidas do livro: “O essencial é invisível aos olhos” ou “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”. No entanto, o excesso de reverência atrapalha a fluidez da trama principal.
Como, o tempo inteiro, o roteiro propõe um paralelo entre a vida da menina, do velho maluco e as ideias que regem o mito do protagonista, há o momento em que passado e presente se fundem. É justamente quando falta fôlego para avançar. A narrativa perde força e ritmo, a mensagem se dissipa e 'O Pequeno Príncipe, o filme', termina como uma singela homenagem.
COTAÇÃO - BOM
Escrito e ilustrado por Antoine de Saint-Exupéry, o clássico, lançado em 1943, virou filme pela primeira vez em 1974, dirigido por Stanley Donen. O musical não alcançou o sucesso esperado. Desta vez, o emblemático personagem estreia na linguagem da animação, o que torna o resultado no mínimo curioso.
Quando as duas se mudam para a vizinhança da futura escola, a criança passa a conviver com um senhor malucão. O aviador é tal e qual aquele que o Pequeno Príncipe do livro encontrou no deserto. O velho apresenta à garota o universo do menino morador de um asteroide e seus ensinamentos básicos: dar asas à imaginação e ser verdadeiro consigo mesmo.
Como se trata de uma história dentro da outra, Osborne optou por usar várias técnicas – e acertou. A trama do presente se desenvolve em animação digital – mais convencional, podemos dizer. Já o Pequeno Príncipe, a rosa, a raposa (ótima) e personagens moradores do asteroide surgem em stop motion. É estética bem mais onírica e, dessa forma, uma forma de o filme construir o seu próprio altar para o clássico de Saint-Exupéry.
Se o visual é surpreendente, o roteiro nem tanto. Estão ditas, claro (e ai se isso não ocorresse), as frases mais conhecidas do livro: “O essencial é invisível aos olhos” ou “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”. No entanto, o excesso de reverência atrapalha a fluidez da trama principal.
Como, o tempo inteiro, o roteiro propõe um paralelo entre a vida da menina, do velho maluco e as ideias que regem o mito do protagonista, há o momento em que passado e presente se fundem. É justamente quando falta fôlego para avançar. A narrativa perde força e ritmo, a mensagem se dissipa e 'O Pequeno Príncipe, o filme', termina como uma singela homenagem.
COTAÇÃO - BOM