Responda rápido: qual foi o filme de Tom Cruise realizado nos últimos cinco anos a que você assistiu? O musical 'Rock of ages' (2012), em que ele faz uma ponta? 'Jack Reacher: O último tiro' (2012), sua tentativa de criar uma trilogia Bourne? Ou o sci-fi requentado 'Oblivion' (2013)?
Não é difícil responder: nenhuma das anteriores. Porque seu primeiro arrasa-quarteirão desta década é de 2011, 'Missão: impossível – Protocolo fantasma'. Não se trata apenas de um sucesso de bilheteria, mas da maior receita da trajetória do ator, que fez quase US$ 700 milhões mundo afora.
Não é difícil responder: nenhuma das anteriores. Porque seu primeiro arrasa-quarteirão desta década é de 2011, 'Missão: impossível – Protocolo fantasma'. Não se trata apenas de um sucesso de bilheteria, mas da maior receita da trajetória do ator, que fez quase US$ 700 milhões mundo afora.
Diante disso, é fácil entender por que Cruise, aos 53 anos, encarna pela quinta vez o agente Ethan Hunt em 'Missão: impossível – Nação secreta'. Pelo andar da carruagem, o filme, se não bater a bilheteria da sequência anterior, deve chegar bem próximo dela: em cartaz há duas semanas nos EUA, já bateu US$ 100 milhões.
É mais do mesmo com uma roupagem diferente. Novamente, o astro vai a locações incríveis ao redor do globo e dispensa dublês em cenas de perder o fôlego, que usam o mínimo de efeitos especiais. Como nas sequências anteriores, Cruise assume a produção, escolhe o diretor e cria suas próprias cenas.
Se no filme passado ele escalou o Burj Khalifa, em Dubai, conhecido como o edifício mais alto do mundo, desta feita Cruise se agarra a um avião militar em pleno voo.
Dirigido por Christopher McQuarrie (o mesmo de 'Jack Reacher'), o filme coloca Hunt como fora da lei. Com a IMF (Impossible Mission Force) desmantelada e os antigos colegas submetidos à CIA (o diretor da agência é Alec Baldwin, em participação burocrática, assim como seu personagem), ele tem que se virar sozinho para tentar pôr fim ao Sindicato.
Suspeita
A organização internacional criminosa supersecreta conta com agentes tão habilidosos quanto Hunt. Entre eles, está a espiã Ilsa Faust (Rebecca Ferguson). Figura dúbia, que até a parte final da história vai levantar suspeita entre os personagens, ela desperta o interesse de Hunt, meio assexuado nas sequências anteriores.
A partir desse mote, são construídas extensas sequências de assassinatos e brigas. Algumas sensacionais, como a que ocorre na Ópera de Viena. No momento mais dramático da ópera 'Turandot', de Puccini, Hunt tem que evitar o assassinato do chanceler austríaco. A ária 'Nessun dorma', por sinal, vai aparecer como trilha sonora, pontuando momentos determinantes da narrativa.
É mais do mesmo com uma roupagem diferente. Novamente, o astro vai a locações incríveis ao redor do globo e dispensa dublês em cenas de perder o fôlego, que usam o mínimo de efeitos especiais. Como nas sequências anteriores, Cruise assume a produção, escolhe o diretor e cria suas próprias cenas.
Se no filme passado ele escalou o Burj Khalifa, em Dubai, conhecido como o edifício mais alto do mundo, desta feita Cruise se agarra a um avião militar em pleno voo.
Dirigido por Christopher McQuarrie (o mesmo de 'Jack Reacher'), o filme coloca Hunt como fora da lei. Com a IMF (Impossible Mission Force) desmantelada e os antigos colegas submetidos à CIA (o diretor da agência é Alec Baldwin, em participação burocrática, assim como seu personagem), ele tem que se virar sozinho para tentar pôr fim ao Sindicato.
Suspeita
A organização internacional criminosa supersecreta conta com agentes tão habilidosos quanto Hunt. Entre eles, está a espiã Ilsa Faust (Rebecca Ferguson). Figura dúbia, que até a parte final da história vai levantar suspeita entre os personagens, ela desperta o interesse de Hunt, meio assexuado nas sequências anteriores.
A partir desse mote, são construídas extensas sequências de assassinatos e brigas. Algumas sensacionais, como a que ocorre na Ópera de Viena. No momento mais dramático da ópera 'Turandot', de Puccini, Hunt tem que evitar o assassinato do chanceler austríaco. A ária 'Nessun dorma', por sinal, vai aparecer como trilha sonora, pontuando momentos determinantes da narrativa.
Há ainda outra sequência de tirar o fôlego. Literalmente. Sem poder respirar, Hunt tem que realizar um assalto dentro de uma instalação subaquática. Quando o agente parece vencido, ele retorna, num passe de mágica, para uma perseguição de motocicletas em altíssima velocidade. Tal metáfora serve para a própria carreira de Cruise. Já se foi a época em que ele buscava emplacar papéis sérios em filmes que tinham alguma pretensão que não o mero entretenimento. Num passado recente, sua última incursão no gênero foi no fracassado 'Operação Valquíria' (2009), sobre o frustrado atentado contra Hitler cometido por um coronel do Exército germânico.
Esse filme, vale lembrar, custou muito caro ao ator e produtor. Foi um dos dois longas que ele rodou sob a guarida da United Artists. Em 2006, ao lado de sua sócia, Paula Wagner, Cruise se reuniu com a Metro-Goldwyn-Mayer para ressuscitar o lendário estúdio. Na época, havia sido “demitido” de sua antiga casa, a Paramount.
A empreitada não foi adiante, Cruise voltou como um carneirinho para a Paramount justamente com o 'Missão: impossível' de 2011. Hoje, ele ocupa o sexto lugar entre os atores mais bem pagos do mundo.
As próximas produções em que está envolvido são sequências: 'Missão: impossível 6', 'Jack Reacher 2' e 'Top Gun 2'. Improvável é o mínimo que se pode dizer sobre Cruise encarnando o piloto Maverick, que lhe deu fama 30 anos atrás. Realmente, não está fácil pra ninguém.
ACERTANDO OS PONTEIROS
Confira como anda a carreira de astros acima dos 50
SOBE
Robert Downey Jr.
50 anos
A melhor prova de como se deve valorizar uma segunda chance. Antes de se tornar o ator mais bem pago de Hollywood (encabeça a lista da Forbes de 2013, 2014 e 2015), penou com drogas, álcool, incansáveis reabilitações. Já afirmou que não quer fazer filme cabeça, só quer saber do 'Homem de Ferro' e de 'Sherlock Holmes'.
Johnny Depp
52 anos
É um dos atores mais versáteis em atividade. Entre um 'Piratas do Caribe' e outro, encabeça projetos bem diversos. Alguns interessantes, como 'Sombras da noite' (2012), de seu diretor favorito, Tim Burton, outros grandes bobagens, como 'O cavaleiro solitário' (2013).
Brad Pitt
51 anos
Além de ser a porção masculina do casal mais celebrado de Hollywood, encampar projetos humanitários e ter uma família invejável, ainda faz (por vezes também produz) bons filmes: dos mais recentes, estão '12 anos de escravidão' (2013) e 'A árvore da vida' (2011).
George Clooney
54 anos
Estrela maior de Hollywood, ostenta um sem-número de predicados. Vem já há alguns anos deixando as câmeras para se dedicar aos bastidores, tanto do cinema quanto da política. Faz geralmente um filme, no máximo dois, por ano: alguns muito bons ('Os descendentes', 2011), outros esquecíveis ('Caçadores de obras-primas', 2013).
DESCE
Nicolas Cage
54 anos
Afundou tanto na carreira que virou referência de filme ruim. Enfrentando, há quase uma década, uma série de problemas fiscais (tem uma dívida de US$ 14 milhões em impostos), ele não para de filmar. Suas escolhas não têm critério nenhum, algo bem diferente dos anos 1980, quando participou de 'Asas da liberdade' e 'Arizona nunca mais'. Até 2017, vai participar de nove longas.
Kevin Costner
60 anos
Sua carreira pode ser dividida entre antes e depois de 'Waterworld – O segredo das águas' (1995). O fracasso com a superprodução foi tamanho (o orçamento era de US$ 175 milhões), que ele nunca mais recuperou o prestígio da época de 'Dança com lobos' (1990).
Denzel Washington
60 anos
Ele até fez um bom papel recentemente, mas num filme ruim ('O voo', que lhe garantiu uma indicação ao Oscar). Mas são os filmes de ação descartáveis que têm marcado a filmografia mais recente do ator. Seu último grande filme é de 2007, 'O gângster', de Ridley Scott.
Liam Neeson
63 anos
O intérprete de Oskar Schindler e Michael Collins entrou, desde o final da década passada, numa roda-viva de filmes de ação. São produções relativamente baratas, com bom retorno de bilheteria e prestígio zero. A mais conhecida delas é a trilogia 'Busca implacável'.
Esse filme, vale lembrar, custou muito caro ao ator e produtor. Foi um dos dois longas que ele rodou sob a guarida da United Artists. Em 2006, ao lado de sua sócia, Paula Wagner, Cruise se reuniu com a Metro-Goldwyn-Mayer para ressuscitar o lendário estúdio. Na época, havia sido “demitido” de sua antiga casa, a Paramount.
A empreitada não foi adiante, Cruise voltou como um carneirinho para a Paramount justamente com o 'Missão: impossível' de 2011. Hoje, ele ocupa o sexto lugar entre os atores mais bem pagos do mundo.
As próximas produções em que está envolvido são sequências: 'Missão: impossível 6', 'Jack Reacher 2' e 'Top Gun 2'. Improvável é o mínimo que se pode dizer sobre Cruise encarnando o piloto Maverick, que lhe deu fama 30 anos atrás. Realmente, não está fácil pra ninguém.
ACERTANDO OS PONTEIROS
Confira como anda a carreira de astros acima dos 50
SOBE
Robert Downey Jr.
50 anos
A melhor prova de como se deve valorizar uma segunda chance. Antes de se tornar o ator mais bem pago de Hollywood (encabeça a lista da Forbes de 2013, 2014 e 2015), penou com drogas, álcool, incansáveis reabilitações. Já afirmou que não quer fazer filme cabeça, só quer saber do 'Homem de Ferro' e de 'Sherlock Holmes'.
Johnny Depp
52 anos
É um dos atores mais versáteis em atividade. Entre um 'Piratas do Caribe' e outro, encabeça projetos bem diversos. Alguns interessantes, como 'Sombras da noite' (2012), de seu diretor favorito, Tim Burton, outros grandes bobagens, como 'O cavaleiro solitário' (2013).
Brad Pitt
51 anos
Além de ser a porção masculina do casal mais celebrado de Hollywood, encampar projetos humanitários e ter uma família invejável, ainda faz (por vezes também produz) bons filmes: dos mais recentes, estão '12 anos de escravidão' (2013) e 'A árvore da vida' (2011).
George Clooney
54 anos
Estrela maior de Hollywood, ostenta um sem-número de predicados. Vem já há alguns anos deixando as câmeras para se dedicar aos bastidores, tanto do cinema quanto da política. Faz geralmente um filme, no máximo dois, por ano: alguns muito bons ('Os descendentes', 2011), outros esquecíveis ('Caçadores de obras-primas', 2013).
DESCE
Nicolas Cage
54 anos
Afundou tanto na carreira que virou referência de filme ruim. Enfrentando, há quase uma década, uma série de problemas fiscais (tem uma dívida de US$ 14 milhões em impostos), ele não para de filmar. Suas escolhas não têm critério nenhum, algo bem diferente dos anos 1980, quando participou de 'Asas da liberdade' e 'Arizona nunca mais'. Até 2017, vai participar de nove longas.
Kevin Costner
60 anos
Sua carreira pode ser dividida entre antes e depois de 'Waterworld – O segredo das águas' (1995). O fracasso com a superprodução foi tamanho (o orçamento era de US$ 175 milhões), que ele nunca mais recuperou o prestígio da época de 'Dança com lobos' (1990).
Denzel Washington
60 anos
Ele até fez um bom papel recentemente, mas num filme ruim ('O voo', que lhe garantiu uma indicação ao Oscar). Mas são os filmes de ação descartáveis que têm marcado a filmografia mais recente do ator. Seu último grande filme é de 2007, 'O gângster', de Ridley Scott.
Liam Neeson
63 anos
O intérprete de Oskar Schindler e Michael Collins entrou, desde o final da década passada, numa roda-viva de filmes de ação. São produções relativamente baratas, com bom retorno de bilheteria e prestígio zero. A mais conhecida delas é a trilogia 'Busca implacável'.