Provavelmente um dos melhores filmes da franquia até aqui, 'Missão impossível: Nação secreta' (estreia nesta quinta-feira, 13 de agosto) entrega duas horas de cenas de ação quase ininterruptas. Aos 53 anos, Tom Cruise ressurge em ótima forma no papel de Ethan Hunt, o cabeça da IMF (Impossible Mission Force). Ou melhor, ao menos na teoria, uma vez que neste longa a força-tarefa é dissolvida pelo governo dos Estados Unidos. De agente especial respaldado pelos serviços de inteligência, Hunt passa a ser suspeito de causar boa parte das tragédias que ele próprio era designado a evitar. Por isso, a "missão impossível" agora é dupla: expor os verdadeiros vilões (em sequências que passam por Londres, França, Áustria e Marrocos) e provar a própria inocência.
Por falar em vilões, este é um ponto nebuloso do quinto filme da série, dirigido por Christopher McQuarrie. A equipe de agentes busca desmascarar uma organização criminosa denominada O Sindicato, cujos contornos não são bem definidos. De atuação mundial, o grupo é rotulado de terrorista, mas as ligações com chefes de estado e grandes indústrias borram quaisquer limites. Chega a ser confuso para o espectador a maneira difusa como o "inimigo" é apresentado, uma vez que as motivações terroristas não são religiosas, mas econômicas e políticas. Uma clara globalização do mal. A sensação é amenizada pela personificação do vilão no líder do Sindicato, Solomon Lane (Sean Harris), um sujeito com ares de psicopata, como é de praxe em filmes assim.
Por falar em vilões, este é um ponto nebuloso do quinto filme da série, dirigido por Christopher McQuarrie. A equipe de agentes busca desmascarar uma organização criminosa denominada O Sindicato, cujos contornos não são bem definidos. De atuação mundial, o grupo é rotulado de terrorista, mas as ligações com chefes de estado e grandes indústrias borram quaisquer limites. Chega a ser confuso para o espectador a maneira difusa como o "inimigo" é apresentado, uma vez que as motivações terroristas não são religiosas, mas econômicas e políticas. Uma clara globalização do mal. A sensação é amenizada pela personificação do vilão no líder do Sindicato, Solomon Lane (Sean Harris), um sujeito com ares de psicopata, como é de praxe em filmes assim.
O ritmo alucinante e o clima de fora-da-lei afasta um pouco Nação secreta do universo James Bond (embora os aparatos tecnológicos ainda estejam muito presentes, com direito a impressoras 3D para fabricar máscaras, lentes de contato com câmera e óculos com realidade aumentada) e o aproxima de outra franquia mais “pé no chão”, a protagonizada por Jason Bourne. Outro fator que contribui para o novo caminho de Missão impossível é o surgimento da bela co-protagonista Ilsa Faust (Rebecca Ferguson), uma vilã com arroubos de heroína (ou seria o inverso?).
Na trama, a habilidosa e bem treinada ex-agente ombreia Ethan Hunt do início ao fim, indo muito além de uma Bond Girl. Há um clima de tensão sexual entre os dois, mas não há tempo para o romance se consumar. Ao ver Ilsa Faust em ação, temos a impressão de que a personagem vai eclipsar Ethan Hunt e "salvar o mundo" sozinha (algo parecido com o que aconteceu recentemente em 'Mad Max: Estrada da fúria',em que o herói vivido por Tom Hardy perde a vez para a Imperatriz Furiosa).
Na sequência inicial, quando Ethan decola agarrado a um avião usando somente as mãos, já fica claro o quanto os riscos enfrentados por ele vão desafiar o bom senso. Mais tarde, em um dos momentos mais críticos do longa, uma cena subaquática faz o herói - literalmente - perder o fôlego. E novamente o palco está montado para Ilsa Faust brilhar. Até embaixo d’água.
Na sequência inicial, quando Ethan decola agarrado a um avião usando somente as mãos, já fica claro o quanto os riscos enfrentados por ele vão desafiar o bom senso. Mais tarde, em um dos momentos mais críticos do longa, uma cena subaquática faz o herói - literalmente - perder o fôlego. E novamente o palco está montado para Ilsa Faust brilhar. Até embaixo d’água.