Não tem como pensar na franquia O exterminador do futuro sem associar a produção ao nome de Arnold Schwarzenegger. É o principal papel da carreira dele e nem adianta esperar uma grande atuação do ex-governador da Califórnia. Sempre foi assim. O personagem é um homem-robô, um guardião, de corpo duro e pouquíssimas expressões. Em Gênesis, o quinto filme da franquia que chega esta semana aos cinemas, o ator sabe fazer humor com a interpretação limitada.
A máquina pode não envelhecer, mas o ator sim. É por isso que, depois do “hasta la vista, babe”, o bordão do exterminador em 2015 é “não sou velho, obsoleto”. A frase reforça mensagem importante para o enredo: a dependência que o mundo de hoje tem da tecnologia. O conteúdo e uma possível reflexão em torno disso vêm, obviamente, empacotado em muitos efeitos especiais.
Quem está na plateia de O exterminador do futuro: gênesis pode se preparar para viajar no tempo. A trama começa na Los Angeles de 2029, a mesma data do primeiro filme. É um futuro dominado pelas máquinas, cenário em que John Connor (Jason Clarke) defende a resistência humana.
Quando toma conhecimento de que a Skynet enviou um exterminador ao passado para matar a mãe, Sarah Connor (Emilia Clarque), é hora de recrutar o sargento Kyle Reese (Jai Courtney) para protegê-la. Assim, ele volta no tempo até 1984 e depois, acompanhado de Sarah e seu fiel guardião (Schwarzenegger), avança para 2017 com o objetivo de aniquilar de vez a Skynet.
Esse propósito não se perde no vaivém do tempo. A trama, no entanto, cai para segundo plano durante a ostentação visual. Histórias como a O exterminador do futuro não costumam ser críveis. O próprio gênero autoriza isso. Afinal, trata-se de ficção científica. Por isso, assim como no recente Mad Max (2015), a atualização das tecnologias do cinema faz bem maior ao espetáculo do que à narrativa.