Meryl Streep completa nesta segunda, 22, 66 anos. No passado, ela já juntou sua voz ao coro das descontentes, que reclamavam da indústria por não oferecer às mulheres de certa idade bons papéis. Meryl só podia estar brincando. Duas vezes vencedora do Oscar — de coadjuvante, por 'Kramer vs. Kramer', em 1979; melhor atriz por 'A escolha de Sophia', em 1982 — ela sempre foi prestigiada, mas o sucesso, sucesso de verdade, comprovado nas bilheteria, só veio quando ela já estava com a tal 'certa idade'.
Relembre 'Kramer vs. Kramer' (1979), filme que rendeu primeiro Oscar a Meryl:
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Emmys, Globos de Ouro, Baftas, Actor's Guild Awards - todos no plural. Meryl venceu todos, e mais de uma vez. Foi melhor atriz nos festivais de Cannes e Berlim. E recebeu um César, o Oscar francês, honorário por sua carreira. Haja estante para tantos prêmios.
Meryl Louise Streep nasceu em Summit, New Jersey, em 22 de junho de 1949. Sua estreia profissional foi em 1975, no teatro, com a peça Trelany of the Wells. Na TV estreou em 1977, no telefilme 'The deadliest season'. No ano seguinte, conseguiu um pequeno papel em 'Júlia' Foi sua estreia no cinema, e ela jura que aprendeu muito só vendo Fred Zinnemann dirigir as estrelas da produção, Jane Fonda e Vanessa Redgrave (que ganhou o Oscar de coadjuvante).
Continuando com os prêmios, Meryl recebeu o prêmio honorário do American Film Institute em 2004 e o Kennedy Center Honor em 2011. E, pelo presidente Barack Obama, foi condecorada duas vezes — em 2010 e 2014, com a Medalha Nacional das Artes e a Medalha Presidencial da Liberdade. Essa última é a mais alta condecoração civil dos Estados Unidos.
'Mamma mia!' revelou nova faceta da atriz e foi um de seus maiores sucessos de bilheteria:
Com tantos prêmios, tantas distinções - e tantos filmes importantes no currículo -, Meryl não precisava ser, mas é, senão modesta, uma pessoa simples. Ela ainda conversa com entusiasmo sobre suas experiências na arte da interpretação. O olho brilha, sabe como é?
Streep venceu mais um Oscar por papel de Margaret Thatcher em 'A dama de ferro':
O magnata do cinema italiano terminou por lhe pedir desculpas, mas numa coisa estava certo. Não foi pela beleza que Meryl se impôs. Talento, personalidade, carisma. No começo de sua carreira, os críticos implicavam. Diziam que ela abusava dos sotaques, criando um para cada personagem. A dicção, o olhar, os gestos. Meryl é uma atriz completa que domina todas as ferramentas de sua arte. Ela até canta. Não por acaso, a mais recente indicação para o Oscar, este ano, foi pelo musical 'Into the woods', 'Caminhos da foresta'.
Drama, comédia, ação - Meryl tudo pode, tudo faz. Cada um terá seu preferido entre suas dezenas de filmes. 'Kramer vs. Krame'r, 'A mulher do tenente francês', A escolha de Sophia', 'Entre dois amores', 'Ironweed', 'As Pontes de Madison', 'As horas', 'O diabo veste Prada', 'Mamma mia!'. E, na TV, 'Holocausto', 'Freedom - A história dos EUA', 'Angels in America'.
Bastam esses para que a aniversariante de hoje seja considerada a maior atriz do mundo. No plano doméstico, é um modelo de discrição. Casada (desde 1978) com Don Gummer, o casal tem três filhas e um filho. Em plena sociedade da imagem - e cultura da fofoca -, Meryl tem conseguido se manter à margem de escândalos. Vamos cantar para ela? Happy birthday to you.