Trinta anos depois de 'De volta para o futuro', Robert Zemeckis lança o ousado 'A travessia'

Diretor celebra três décadas de seu mais famoso longa volta a revolucionar em nova produção, que narra a história real do equilibrista francês Philippe Petit

por Estado de Minas 20/06/2015 07:00

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Sony Pictures/divulgação
Joseph Gordon-Levitt protagoniza longa inspirado nas aventuras do equilibrista francês Philippe Petit (foto: Sony Pictures/divulgação)

Diretor da clássica trilogia 'De volta para o futuro', Robert Zemeckis lança seu novo filme, A travessia, em 8 de outubro. Aliás, o mês marcará uma das datas fictícias da cultura pop: em 21 de outubro de 2015, o personagem Marty McFly (Michael J. Fox) chega ao século 21 para ajudar os filhos, encontrando um mundo repleto de skates, carros voadores, tênis e casacos que se ajustam ao corpo, além de outras “previsões” feitas na continuação do blockbuster, em 1989.

“Vou passar o dia estudando para ver quais das minhas decisões naquela época para o filme se tornaram realidade”, brinca Zemeckis, que ganhou o Oscar de direção por 'Forrest Gump', em 1995.

A despeito das comemorações das três décadas do primeiro De volta para o futuro, lançado em 3 de julho de 1985, Robert Zemeckis, de 63 anos, nunca ficou preso ao passado. Sempre procurou inovar, seja narrativamente – como em 'Náufrago' (2000) –, seja tecnicamente, em longas como O Expresso Polar (2004), que abriu caminho para o amplo uso da técnica de captura de performance (atores cujas expressões faciais e corporais são substituídas por efeitos digitais).

“Bob Zemeckis é um dos diretores mais corajosos do cinema moderno, não tem medo de tragédias ou de se arriscar em temas sombrios”, elogiou sir Ben Kingsley, um dos atores de 'A travessia', que conta a história de Philippe Petit. Em 1974, esse equilibrista francês atravessou as duas torres do World Trade Center andando sobre um cabo de aço sem corda de segurança e foi personagem do documentário “oscarizado” 'O equilibrista' (2008).

“Vinha negociando com Phillipe desde 2006. Queria mostrar a visão do artista lá no alto andando no fio, e não apenas com a câmera olhando de baixo”, explicou o diretor sobre o 3D vertiginoso exibido na produção. “Identifiquei-me com essa aventura, pois seu tema é até onde um artista vai em nome da arte.”

O americano Joseph Gordon-Levitt, de (500) dias com ela, assumiu o papel e o sotaque francês do equilibrista. O ator passou oito dias na França aprendendo a se equilibrar sobre um cabo. “Achei ambicioso demais quando ele se ofereceu para me ensinar a andar sobre o fio. Mas Philippe criou uma oficina elaborada para me dar aulas. No fim, aprendi”, revelou. “Quando você consegue se equilibrar, a sensação é de reafirmação. Você fica viciado naquilo, apesar de machucar os pés”, conclui Levitt.

 

 

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