Cinema

'Divertida mente' pode levar Disney e Pixar a mais um Oscar de animação

Filme mergulha na cabeça da garota Riley para mostrar como os sentimentos da criança se combinam

AFP

Dentro da própria mente, Riley (ao centro) aprende a lidar com os sentimentos alegria, tristeza, medo, raiva e nojinho a fim de superar o sofrimento que a domina após mudança de cidade
A Disney dá início esta semana a um provável ótimo ano para o estúdio graças a  'Divertida mente', a comovente animação criada pela Pixar sobre as emoções de uma menina de 11 anos, com a qual espera fazer história e levar seu terceiro Oscar consecutivo.

 

Confira trailer de 'Divertida mente':

 

 

O filme foi muito aplaudido em sua estreia no mês passado no Festival de Cannes pelo público e pela crítica, entusiasmados com a originalidade e a riqueza do roteiro.


A história foi ideia do genial diretor Pete Docter, um dos pilares da Pixar, que, em 2010, venceu o Oscar de Melhor Filme de Animação com 'Up - Altas aventuras'. Também foi responsável por 'Monstros S.A' e 'Toy story'.

Inspirado por sua própria experiência como pai, em 'Divertida mente' Docter convida os espectadores a mergulhar no cérebro de Riley para entender por que a protagonista sofre tanto e se fecha quando sua família se muda para São Francisco.

Em sua mente, a alegria (Amy Poehler), a tristeza (Phyllis Smith), o medo (Bill Hader), a raiva (Lewis Black) e o nojinho (Mindy Kaling) fazem o que podem para que a criança continue sendo feliz, mas os novos sentimentos de Riley os transborda.

No quartel-general da consciência de Riley, as emoções estão constantemente interagindo quando uma decisão tem de ser tomada ou uma sensação aparece. As emoções embarcam em uma viagem incrível através do subconsciente e a imaginação da criança, cheia de música, cor e fantasia, que termina por arrancar lágrimas dos espectadores.

Docter não se cansou em dizer que "não sabe até que ponto desconhecemos o funcionamento das emoções", embora com este filme tenha aprendido que existem "para nos aproximarmos como seres humanos." "Todos queremos ser felizes, que nossos filhos o sejam e, acima de tudo, evitar as emoções negativas", indicou durante um encontro com jornalistas em Los Angeles. "Mas a alegria precisa aprender com a tristeza", apontou.

Segundo contou o diretor em Cannes, para produzir o filme convocaram especialistas, psiquiatras e neurologistas, para compreender melhor o funcionamento da mente e da consciência, incluindo o Dr. Dacher Keltner, professor de psicologia na Universidade da Califórnia, em Berkeley, especialista internacional em emoções humanas. O filme chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira.