A sequência do longa 'Qualquer gato vira-lata' (2011), que estreou nesta semana, não foge às características das comédias românticas. Estão lá os encontros e desencontros, as histórias paralelas com seus personagens atrapalhados e o roteiro que todo o mundo – inclusive eu – está careca de saber onde vai parar. São clichês de um gênero cada vez mais forte no cinema nacional. 'Qualquer gato vira-lata 2' tem a assinatura de Roberto Santucci, o diretor por trás de 'De pernas pro ar', 'Até que a morte nos separe', 'Loucas pra casar', enfim, de alguns dos campeões de bilheteria da história recente do cinema nacional. O grande acerto desta sequência – que é superior ao seu original – foi mesmo a escolha de Santucci para a direção. Ele caiu de paraquedas na produção, já que Tomas Portella, diretor do primeiro longa, estava em outro projeto. Mesmo sem afastar os clichês, o diretor dá um up na história de Tati (Cleo Pires, ainda mais bonita e cada vez mais a cara da mãe, Glória Pires), que, de férias no Caribe com Conrado (Malvino Salvador), decide surpreendê-lo com um pedido de casamento transmitido para os amigos via redes sociais.
Nada sai como planejado. Tati paga o maior mico e ainda dá esperanças para o ex-namorado Marcelo (Dudu Azevedo), que vê na situação a chance de reconquistar a gata.
PAI A propósito, Malvino e Dudu se saem apenas como os bonitões da fita. Convidado especial, Fábio Jr., o pai de Cleo na vida real, aparece no filme como pai de Tati. A ideia era convidar Glória Pires, que não tinha disponibilidade para atuar no longa. A solução veio da própria Cleo, que sugeriu o nome do pai. 'Qualquer gato vira-lata 2' é para ser visto sem nenhuma pretensão além de algumas boas risadas.
Santucci, o dono do pedaço quando o assunto são as comédias de sucesso, adora o gênero, mas não quer ficar ligado apenas a ele. Tanto que já trabalha no projeto de outros dois filmes – um de terror e outro de ação – para o ano que vem. O diretor diz achar que o sucesso das comédias nacionais é importante para o crescimento da indústria. “Elas levantam a bola do cinema, garantindo mercado para atores, diretores, roteiristas”, afirma. “Mas”, ressalva, “é importante que haja um fortalecimento de outros gêneros cinematográficos. É preciso diversidade”.
Carioca do Rio de Janeiro, formado na UCLA, em Los Angeles, Roberto Santucci tem 12 filmes no currículo, incluindo 'Bellini e a esfinge', adaptação do livro do músico Tony Bellotto. Ele diz que o prazer de trabalhar em um filme autoral ou em uma obra em que é convidado é quase o mesmo, havendo prós e contras em ambos os formatos. “No trabalho autoral, você tem mais poder na produção do roteiro, contando uma história a partir de seu ponto de vista.” Já em uma obra por encomenda, Santucci aponta o tempo apertado como a maior pressão. “São mais ou menos cinco semanas e meia de filmagem”, diz ele.
Santucci confessa que, com tanto trabalho, não vê televisão. Por isso, não saberia apontar programas favoritos na telinha. “A forma como se vê televisão está mudando. Hoje, ela tem que estar disponível para o público, e não o contrário”, afirma ele.
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Santucci, o dono do pedaço quando o assunto são as comédias de sucesso, adora o gênero, mas não quer ficar ligado apenas a ele. Tanto que já trabalha no projeto de outros dois filmes – um de terror e outro de ação – para o ano que vem. O diretor diz achar que o sucesso das comédias nacionais é importante para o crescimento da indústria. “Elas levantam a bola do cinema, garantindo mercado para atores, diretores, roteiristas”, afirma. “Mas”, ressalva, “é importante que haja um fortalecimento de outros gêneros cinematográficos. É preciso diversidade”.
Carioca do Rio de Janeiro, formado na UCLA, em Los Angeles, Roberto Santucci tem 12 filmes no currículo, incluindo 'Bellini e a esfinge', adaptação do livro do músico Tony Bellotto. Ele diz que o prazer de trabalhar em um filme autoral ou em uma obra em que é convidado é quase o mesmo, havendo prós e contras em ambos os formatos. “No trabalho autoral, você tem mais poder na produção do roteiro, contando uma história a partir de seu ponto de vista.” Já em uma obra por encomenda, Santucci aponta o tempo apertado como a maior pressão. “São mais ou menos cinco semanas e meia de filmagem”, diz ele.
Santucci confessa que, com tanto trabalho, não vê televisão. Por isso, não saberia apontar programas favoritos na telinha. “A forma como se vê televisão está mudando. Hoje, ela tem que estar disponível para o público, e não o contrário”, afirma ele.