Também estão na competição 'Le conte des contes', do cineasta italiano Matteo Garrone, "La Loi du marché", de Stéphane Brizé, além de filmes diretores asiáticos como "The Assassin", do sul-coreano Hou Hsia Hsien.
A seleção é ainda parcial, porque na lista ainda faltam entre três e quatro filmes que completarão os indicados para a competição, juntando-se aos 16 já apresentados. Como de praxe no Festival de Cannes, a direção do festival selecionou filmes de uma ampla gama nacionalidades, valorizando também cineastas em primeiro trabalho. "Nós anunciamos 90% da seleção, um processo lento que se termina de forma fulgurante", entusiasmou-se o delegado-geral do Festival de Cannes, Thierry Frémaux, explicando: "É uma seleção que formula hipóteses e tem a ambição de colocar coisas novas, entre nomes, filmes e países".
Questionado sobre a ausência de diretores e de filmes latino-americanos e em língua espanhola ou portuguesa na competição deste ano, Frémaux confirmou a escassez, mas revelou que ainda há pelo menos uma chance dentre os quatro longas que devem se juntar à lista principal. "Há um filme espanhol que nós gostamos muito", revelou. "Há esperança."
Por outro lado, a direção ressaltou a boa safra de filmes franceses. Dos 16 que figuram na competição, quatro são realizações locais. "Estamos em um ano excepcional. Poderíamos ter sete", argumentou o delegado-geral.
Na mostra Un certain regard - Um Certo Olhar, na tradução livre -, estão filmes como "Fly Away Solo", de Neeraj Ghayway, apresentado como um representante do novo cinema indiano; o islandês "Rams, L'Autre rive", de Kiyoshi Kurosawa, além de "Je suis un soldat", primeiro filme de Laurent Larivière, o mexicano "Elegidas", de David Pablo, e três sul-coreanos, entre os quais "Shameless".
Exibidos fora da competição estarão "Irrational Man", novo filme de Woody Allen - que recusou participar da disputa -, "O Pequeno Príncipe", de Marc Osborne, e "Mad Max: Fury Road", de George Miller, com Tom Hardy e Charlize Theron.
O festival deste ano, que será realizado entre 13 e 24 de maio, terá pela primeira vez em sua história dois presidentes de júri, os irmãos Joel e Ethan Coen. Entre as homenagens especiais, haverá uma projeção póstuma do último longa realizado pelo cineasta português Manoel de Oliveira, morto recentemente, aos 106 anos, e um tributo a Ingrid Bergman, que no ano de seu centenário de nascimento será representada por sua filha, Isabella Rossellini.