'Contatos imediatos do terceiro grau' e 'ET: O extraterrestre' estão entre os clássicos do cinema que defendem uma relação de paz entre seres humanos e alienígenas. Ambos foram dirigidos por Steven Spielberg, fundador dos estúdios Dreamworks, que retomam a mensagem pacifista interplanetária na animação 'Cada um na sua casa'.
O alienígena, chamado Ó, chega ao planeta Terra junto com todos os habitantes de seu extinto planeta, que precisam encontrar um novo lugar para viver. Tecnologicamente superiores, eles passam a habitar as cidades e enviam todos os terráqueos para uma espécie de condomínio suburbano isolado de tudo. O pequeno extraterrestre não consegue fazer amigos e é desprezado por causa de suas trapalhadas. Tip é a única que lhe dá atenção e juntos eles vivem uma jornada que pode salvar as civilizações (um gatinho também os acompanha). O filme torna-se interessante aos poucos, principalmente perto do final, quando a trama atinge desdobramentos imprevisíveis.
Apesar de ser rejeitado pelos conterrâneos, Ó é um ET ingênuo e adorável, com uma fofura que parece estar em alta no cinema infantil atual. O alien roxo muda de cor de acordo com o estado emocional e tem um ar neurótico que lembra o protagonista de 'FormiguinhaZ', de Tim Johnson, o mesmo diretor de 'Cada um na sua casa'.
Confira o trailer de 'Cada um na sua casa':
+ Futurismo nos cinemas
Cada um na sua casa é mais um exemplo que segue uma nova onda de fofurice no cinema infantil, manifestada também em outros lançamentos dos últimos meses. São filmes que transmitem mensagens de paz e perdão, onde a agressividade e a vingança são evitadas, ao contrário do que acontecia na época de desenhos animados violentos como Pica-Pau, Tom & Jerry e Popeye.
OPERAÇÃO BIG HERO
O robô inflável da animação vencedora do Oscar em 2015 recusa-se a machucar os inimigos.
CINDERELA
Além de defender a gentileza e o perdão, a nova versão do conto de fadas não tem nenhuma cena de violência física.
TINKER BELL E O MONSTRO DA TERRA DO NUNCA
No lugar de assustar, a criatura monstruosa do título parece um bicho de pelúcia e recebe ajuda das fadas.
O CONTO DA PRINCESA KAGUYA
A violência praticamente não se manifesta nas animações dos estúdios Ghibli (Ponyo), do Japão, cujo novo filme será lançado no Brasil em junho.