É uma despedida para lá de respeitosa. Mas não há como evitar. Em meio a carrões, lugares paradisíacos, corpos perfeitos com a mínima vestimenta possível e brigas – tudo muito alto, rápido e exaustivo –, o telespectador vai se perguntar, mais de uma vez: como isso foi feito?
'Velozes e furiosos 7', a principal estreia da semana – hoje no Brasil, amanhã nos Estados Unidos –, não é “apenas” mais uma sequência de uma das mais bem-sucedidas franquias da indústria cinematográfica recente.
É o filme que ao longo de 137 minutos consegue contar uma história em que seu coprotagonista, morto há quase um ano e meio, se faz presente em toda a narrativa, apesar de ter participado de apenas metade das filmagens. E de forma verossímil, se levarmos em consideração toda a inverossimilhança que cerca a série.
Aos 40 anos, Paul Walker era passageiro de um Porsche que, em altíssima velocidade, bateu num poste e explodiu na sequência, matando tanto o ator quanto o motorista, Roger Rodas, em 30 de novembro de 2013, em Malibu.
Muito se debateu sobre a continuidade ou não da produção e como fazê-lo. Depois de quatro meses de atraso nas filmagens e muitos milhões de dólares – o orçamento da sequência está estimado em US$ 190 milhões, o mais caro de todos os filmes da marca –, decidiu-se por uma saída tecnológica. Foram utilizadas cenas de Walker não aproveitadas em todos os filmes da saga, houve recriação digital e até os dois irmãos do ator, Caleb e Coby, participaram de algumas cenas, dada sua semelhança com ele.
Ainda que Walker protagonize cenas extensas – como na imagem que ilustra esta página, em que seu personagem, Brian O’Conner, sai de um carro e invade um ônibus para salvar uma refém –, o diretor James Wan encontrou soluções que ficam bem claras para superar sua ausência.
O estado de espírito de Brian – que passou a vida em alta velocidade e agora tem que se conformar em dirigir uma minivan como todo pai de família de classe média norte-americana – aparece por meio de diálogos com os personagens que lhe são mais próximos: sua mulher Mia (Jordana Brewster) e seu melhor amigo e parceiro Dominic “Dom” Toretto (Vin Diesel). Há ainda uma luta, das várias de que o personagem participa, filmada toda na penumbra.
A despeito das mudanças que a morte de Walker trouxe para o filme, 'Velozes e furiosos 7' segue a cartilha inaugurada em 2001, com o primeiro da série. Franquia com forte retorno no mercado internacional, o que faz a história rodar o mundo, desta vez tem como principal cenário Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes.
Vingança
Após os acontecimentos em Londres, cenário da sequência de número 6, Dom, Brian e o resto da equipe voltaram para os EUA, para recomeçarem suas vidas. Só que seu mundo de gente como a gente cai por terra com a chegada de Ian Shaw (Jason Stetham), assassino profissional que quer vingar a morte do irmão, Owen Shaw (Luke Evans), o vilão do filme anterior.
Do outro lado do mundo, assistimos a cenas absolutamente impossíveis. Mulheres desfilando de biquíni com quase tudo à mostra num emirado árabe são fichinha perto da cena em que Dom e Brian, a bordo de um carrão, atravessam voando três arranha-céus.
A narrativa vai costurando a ação com a despedida de Brian da série. Sem entregar muito, a saída de cena é estilo família, lembra a participação do ator nos filmes anteriores e deve arrancar lágrimas de muito grandalhão bombado.
O fôlego da franquia é tanto, que até uma sátira estreia em 30 deste mês. 'Super velozes, mega furiosos' brinca já com os nomes dos protagonistas. Paul White (Alex Ashbaugh, loiro e bonitão) é um policial que entra disfarçado para a gangue de corredores de rua ilegais liderada por Vin Serento (Dale Pavinski, também careca e fortão).
E como o show deve continuar, há uma conversa de três novos Velozes e furiosos.
'Velozes e furiosos 7', a principal estreia da semana – hoje no Brasil, amanhã nos Estados Unidos –, não é “apenas” mais uma sequência de uma das mais bem-sucedidas franquias da indústria cinematográfica recente.
É o filme que ao longo de 137 minutos consegue contar uma história em que seu coprotagonista, morto há quase um ano e meio, se faz presente em toda a narrativa, apesar de ter participado de apenas metade das filmagens. E de forma verossímil, se levarmos em consideração toda a inverossimilhança que cerca a série.
Aos 40 anos, Paul Walker era passageiro de um Porsche que, em altíssima velocidade, bateu num poste e explodiu na sequência, matando tanto o ator quanto o motorista, Roger Rodas, em 30 de novembro de 2013, em Malibu.
Muito se debateu sobre a continuidade ou não da produção e como fazê-lo. Depois de quatro meses de atraso nas filmagens e muitos milhões de dólares – o orçamento da sequência está estimado em US$ 190 milhões, o mais caro de todos os filmes da marca –, decidiu-se por uma saída tecnológica. Foram utilizadas cenas de Walker não aproveitadas em todos os filmes da saga, houve recriação digital e até os dois irmãos do ator, Caleb e Coby, participaram de algumas cenas, dada sua semelhança com ele.
Ainda que Walker protagonize cenas extensas – como na imagem que ilustra esta página, em que seu personagem, Brian O’Conner, sai de um carro e invade um ônibus para salvar uma refém –, o diretor James Wan encontrou soluções que ficam bem claras para superar sua ausência.
O estado de espírito de Brian – que passou a vida em alta velocidade e agora tem que se conformar em dirigir uma minivan como todo pai de família de classe média norte-americana – aparece por meio de diálogos com os personagens que lhe são mais próximos: sua mulher Mia (Jordana Brewster) e seu melhor amigo e parceiro Dominic “Dom” Toretto (Vin Diesel). Há ainda uma luta, das várias de que o personagem participa, filmada toda na penumbra.
A despeito das mudanças que a morte de Walker trouxe para o filme, 'Velozes e furiosos 7' segue a cartilha inaugurada em 2001, com o primeiro da série. Franquia com forte retorno no mercado internacional, o que faz a história rodar o mundo, desta vez tem como principal cenário Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes.
Vingança
Após os acontecimentos em Londres, cenário da sequência de número 6, Dom, Brian e o resto da equipe voltaram para os EUA, para recomeçarem suas vidas. Só que seu mundo de gente como a gente cai por terra com a chegada de Ian Shaw (Jason Stetham), assassino profissional que quer vingar a morte do irmão, Owen Shaw (Luke Evans), o vilão do filme anterior.
Do outro lado do mundo, assistimos a cenas absolutamente impossíveis. Mulheres desfilando de biquíni com quase tudo à mostra num emirado árabe são fichinha perto da cena em que Dom e Brian, a bordo de um carrão, atravessam voando três arranha-céus.
A narrativa vai costurando a ação com a despedida de Brian da série. Sem entregar muito, a saída de cena é estilo família, lembra a participação do ator nos filmes anteriores e deve arrancar lágrimas de muito grandalhão bombado.
O fôlego da franquia é tanto, que até uma sátira estreia em 30 deste mês. 'Super velozes, mega furiosos' brinca já com os nomes dos protagonistas. Paul White (Alex Ashbaugh, loiro e bonitão) é um policial que entra disfarçado para a gangue de corredores de rua ilegais liderada por Vin Serento (Dale Pavinski, também careca e fortão).
E como o show deve continuar, há uma conversa de três novos Velozes e furiosos.
Assista ao segundo trailer internacional de 'Velozes e Furiosos 7':
Robin Williams: imagem protegida
Aberto nesta semana, o testamento do ator Robin Williams, que se suicidou em 11 de agosto de 2014, abre precedente que pode se tornar modelo para outras celebridades: ele restringiu os direitos de uso de sua imagem, nome e assinatura pelos próximos 25 anos. Traduzindo: não haverá campanhas publicitárias ou recriações virtuais, como hologramas, até 2039.
Advogados apontam que se trata de algo inédito. Especula-se que os representantes do ator estejam atentos ao desenvolvimento das novas tecnologias, que permitem que celebridades “reencarnem” em produções que, ocasionalmente, acabem prejudicando a imagem que construíram em vida.
No cinema, o uso de "recriações" digitais de atores foi abordado na animação 'O congresso futurista' (2013), estrelada por Robin Wright. Em um futuro distópico, retrata um mundo onde artistas em decadência permanecem eternamente jovens ao digitalizarem suas imagens e gestos, que posteriormente são usadas em franquias de qualidade questionável.
O que vem por aí
23 de abril
'Vingadores – Era de Ultron'
Uma franquia criada a partir de outras. Depois do sucesso do primeiro filme, a maior bilheteria de 2012, os super-heróis Capitão América (Chris Evans), Homem de Ferro (Robert Downey Jr.), Thor (Chris Hemsworth), Hulk (Mark Ruffalo), Viúva Negra (Scarlett Johansson) e Gavião Arqueiro (Jeremy Renner). Tony Stark (Downey Jr.) tenta lançar um programa para manter a paz mundial. As coisas dão errado e os Vingadores se reúnem para combater o vilão Ultron.
2 de julho
'O exterminador do futuro – Gênesis'
Do alto de seus 67 anos, Arnold Schwarzenegger volta a encarnar o Terminator, três décadas depois de sua criação. Quinto filme da série e quarto com o ex-governador da Califórnia, é ambientado em 2032. John Connor (Jason Clarke), ainda um líder da resistência contra o domínio das máquinas, envia Kyle Reese (Jai Courtney) para 1984 para salvar sua mãe, Sarah Connor (Emilia Clarke, a Daenerys Targaryen de Game of thrones).
13 de agosto
'Missão impossível – Nação secreta'
Ele não se cansa. Tom Cruise interpreta pela quinta vez o superagente Ethan Hunt. Agora, junto de sua equipe, ele tenta acabar com a Syndicate, uma organização internacional com profissionais tão qualificados quanto ele e seus colegas. Um dos cenários da trama é Viena, na Áustria, inclusive sua mais famosa ópera. Alec Baldwin é uma das novidades do elenco, como o agente da CIA responsável pela divisão de Hunt.
29 de outubro
'007 – Spectre'
Depois de Operação Skyfall (2012), o diretor britânico Sam Mendes volta a dirigir uma aventura do mais notável dos agentes secretos. James Bond, interpretado pela quarta vez por Daniel Craig, recebe uma enigmática mensagem do seu passado que vai encaminhá-lo até uma organização sinistra. Este filme foi um dos primeiros alvos da invasão hacker que, em novembro, revelou segredos da Sony Pictures.
19 de novembro
'Jogos vorazes: A esperança – Parte 2'
Entre tantos personagens notáveis das franquias cinematográficas, nenhum tem tanto apelo junto ao público jovem quanto a heroína Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence), aqui no último filme adaptado da saga literária. Ela continua sua luta com a Capital, que não se conforma com o fato de ela ter sobrevivido mais de uma vez aos jogos vorazes.
17 de dezembro
'Guerra nas estrelas: Episódio VII – O despertar da força'
Trinta e dois anos após George Lucas levar ao mundo Guerra nas estrelas, seu mais bem-sucedido discípulo assume a franquia mais popular de ficção científica. J.J. Abrams dirige e roteiriza O despertar da força, que vai reunir Darth Vader, Luke Skywalker e Princesa Leia. Para a nova geração, será ainda a primeira oportunidade para vê-los na tela grande. Desde já é para se preparar para uma comoção em nível mundial.
Aberto nesta semana, o testamento do ator Robin Williams, que se suicidou em 11 de agosto de 2014, abre precedente que pode se tornar modelo para outras celebridades: ele restringiu os direitos de uso de sua imagem, nome e assinatura pelos próximos 25 anos. Traduzindo: não haverá campanhas publicitárias ou recriações virtuais, como hologramas, até 2039.
Advogados apontam que se trata de algo inédito. Especula-se que os representantes do ator estejam atentos ao desenvolvimento das novas tecnologias, que permitem que celebridades “reencarnem” em produções que, ocasionalmente, acabem prejudicando a imagem que construíram em vida.
No cinema, o uso de "recriações" digitais de atores foi abordado na animação 'O congresso futurista' (2013), estrelada por Robin Wright. Em um futuro distópico, retrata um mundo onde artistas em decadência permanecem eternamente jovens ao digitalizarem suas imagens e gestos, que posteriormente são usadas em franquias de qualidade questionável.
O que vem por aí
23 de abril
'Vingadores – Era de Ultron'
Uma franquia criada a partir de outras. Depois do sucesso do primeiro filme, a maior bilheteria de 2012, os super-heróis Capitão América (Chris Evans), Homem de Ferro (Robert Downey Jr.), Thor (Chris Hemsworth), Hulk (Mark Ruffalo), Viúva Negra (Scarlett Johansson) e Gavião Arqueiro (Jeremy Renner). Tony Stark (Downey Jr.) tenta lançar um programa para manter a paz mundial. As coisas dão errado e os Vingadores se reúnem para combater o vilão Ultron.
2 de julho
'O exterminador do futuro – Gênesis'
Do alto de seus 67 anos, Arnold Schwarzenegger volta a encarnar o Terminator, três décadas depois de sua criação. Quinto filme da série e quarto com o ex-governador da Califórnia, é ambientado em 2032. John Connor (Jason Clarke), ainda um líder da resistência contra o domínio das máquinas, envia Kyle Reese (Jai Courtney) para 1984 para salvar sua mãe, Sarah Connor (Emilia Clarke, a Daenerys Targaryen de Game of thrones).
13 de agosto
'Missão impossível – Nação secreta'
Ele não se cansa. Tom Cruise interpreta pela quinta vez o superagente Ethan Hunt. Agora, junto de sua equipe, ele tenta acabar com a Syndicate, uma organização internacional com profissionais tão qualificados quanto ele e seus colegas. Um dos cenários da trama é Viena, na Áustria, inclusive sua mais famosa ópera. Alec Baldwin é uma das novidades do elenco, como o agente da CIA responsável pela divisão de Hunt.
29 de outubro
'007 – Spectre'
Depois de Operação Skyfall (2012), o diretor britânico Sam Mendes volta a dirigir uma aventura do mais notável dos agentes secretos. James Bond, interpretado pela quarta vez por Daniel Craig, recebe uma enigmática mensagem do seu passado que vai encaminhá-lo até uma organização sinistra. Este filme foi um dos primeiros alvos da invasão hacker que, em novembro, revelou segredos da Sony Pictures.
19 de novembro
'Jogos vorazes: A esperança – Parte 2'
Entre tantos personagens notáveis das franquias cinematográficas, nenhum tem tanto apelo junto ao público jovem quanto a heroína Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence), aqui no último filme adaptado da saga literária. Ela continua sua luta com a Capital, que não se conforma com o fato de ela ter sobrevivido mais de uma vez aos jogos vorazes.
17 de dezembro
'Guerra nas estrelas: Episódio VII – O despertar da força'
Trinta e dois anos após George Lucas levar ao mundo Guerra nas estrelas, seu mais bem-sucedido discípulo assume a franquia mais popular de ficção científica. J.J. Abrams dirige e roteiriza O despertar da força, que vai reunir Darth Vader, Luke Skywalker e Princesa Leia. Para a nova geração, será ainda a primeira oportunidade para vê-los na tela grande. Desde já é para se preparar para uma comoção em nível mundial.